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sábado, 7 de dezembro de 2019

Sumiço de lago na Groenlândia em poucas horas alarma cientistas (VÍDEO)



Cientistas da Universidade de Cambridge acompanharam o processo durante o qual um lago sumiu sobre a geleira Store localizada no noroeste de Groenlândia.

A "morte" do lago resultou devido a uma rachadura de 500 metros de profundidade na segunda maior calota de gelo do mundo.
O grupo de cientistas, equipado com drones resistentes às condições extremas do Ártico, conseguiu filmar o fluxo de água através da fissura. Em apenas cinco horas, o volume equivalente a 2.000 piscinas olímpicas escorreu pela fissura como uma espécie de cano de esgoto. Como consequência o lago ficou reduzido a um terço do seu volume original.
Este fenômeno de drenagem de lagos é registrado com mais frequência por as águas se concentrarem sobre as geleiras devido ao degelo. Neste caso, o aumento do volume de água causado pelo processo de degelo fez com que o lago se expandisse e, ao encontrar uma fissura grande, começasse a desaparecer.
Cientistas dizem que este fenômeno provocou grande instabilidade naquela que se considera ser a segunda maior calota glaciar do mundo, sendo o maior contribuinte para o aumento global no nível do mar.
À medida que se agrava o aquecimento global, milhares de lagos se formam e cobrem a superfície da calota de gelo da Groenlândia. Quando se encontram com rachaduras podem sumir para as profundidades em uma questão de horas, como consequência se formam cachoeiras quilométricas e profundas que afetam a base das geleiras.
New article from @TomChudley et al., working with colleagues from @AU_CfG and @scottpolar as part of the @ERC_RESPONDER project to record in-situ supraglacial lake drainage from fast-flowing ice in Greenlandhttps://www.pnas.org/content/early/2019/11/26/1913685116 
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Veja outros Tweets de AU Glaciology

Novo artigo de Tom Chudley et al., trabalhando com colegas [...] registra no local a drenagem de um lago supraglaciar de cima do gelo em deslizamento rápido na Groelândia.
Poul Christoffsen, cientista que encabeça a expedição ao Ártico, destacou que "estes glaciares já estão se movendo bastante rápido" e até "pode não parecer tão dramático", mas tem um efeito muito significativo.
Os resultados provam que as geleiras na Groelândia sofrem com os efeitos negativos do degelo em um período de tempo mais curto do que se pensava anteriormente.

Bola de fogo no deserto na Austrália pode ter sido 'minilua', segundo cientistas



Uma bola de fogo que explodiu sobre o deserto na Austrália em 2016 pode realmente ter sido uma "minilua" extremamente rara, de acordo com um novo estudo.

Uma bola de fogo foi detectada no dia 22 de agosto de 2016 sobre o deserto na Austrália graças a seis câmeras que abrangeram centenas de quilômetros no total da rede australiana de câmeras Desert Fireball Network.
Agora um grupo de pesquisadores, lidado pelo cientista planetário Patrick Shober da Universidade Curtin, Austrália, realizou uma pesquisa do objeto. Os resultados foram publicados na revista científica The Astronomical Journal. Devido à velocidade lenta e à trajetória quase vertical da rocha espacial, os cientistas acreditam que era na verdade um satélite temporário ou uma "minilua", um satélite natural empurrado para dentro do nosso planeta pela gravidade.
O estudo dos dados da velocidade do objeto indicou que a rocha espacial estava há algum tempo orbitando a Terra antes da explosão final. De acordo com uma simulação de um supercomputador realizada em 2012 que usou dez milhões de asteroides virtuais, somente 18.000 destes objetos permaneceram na órbita em volta da Terra simulada, indicando que na Austrália foi detectado um fenômeno raro.
Antes da revelação sobre a "minilua" australiana, só houve evidências de outras duas miniluas. A primeira foi chamada de 2006 RH120 e orbitou a Terra entre 2006 e 2007 antes de ter explodida eventualmente na nossa atmosfera.

Visitante interestelar pode 'morrer' ao se aproximar do Sol



Um visitante interestelar, observado em nosso Sistema Solar, pode estar próximo de "morrer", isso porque, o 2I/Borisov provavelmente será desintegrado ao se aproximar do Sol.

Os cientistas acompanham cada movimento do cometa, que está se aproximando do periélio, local que deve atingir em breve, segundo o portal Astronomy.
O 2I/Borisov não é muito diferente de outros cometas do nosso sistema, entretanto, apresenta uma órbita mais extensa em formato de arco aberto, conhecida como hiperbólica, o que significa que essa será sua única passagem por aqui.

CC BY 4.0 / NASA, ESA, D. JEWITT (UCLA) / COMET 2I/BORISOV
Imagem do cometa interestelar batizado de 2I/Borisov
Os recentes estudos mostram que o 2I/Borisov possui uma velocidade aproximada de 117.000 km/h, e é muito semelhante aos cometas do Sistema Solar de órbita longa, que passam ao menos 200 anos para orbitar o Sol.
Além disso, estima-se que o núcleo do objeto interestelar tenha aproximadamente 6,5 quilômetros, entretanto, alguns cientistas acreditam que essas características podem significar que o Borisov estaria muito perto de ter um fim trágico, já que o calor do Sol pode desintegrá-lo, assim como ocorre com outros cometas de órbita longa.
No dia 8 de dezembro, o cometa 2I/Borisov chegará ao periélio, e caso sobreviva, passará pelo ponto mais próximo da Terra pouco depois do Natal, no dia 28, para posteriormente se afastar.

Saiba como a vida persistiu quando Terra era uma 'bola de neve'



Uma superfície e oceano pouco oxigenados não impediram a proliferação de bactérias, e até mesmo de alguns seres vivos de hoje, como as esponjas.

A vida não deixou de existir na Terra e até floresceu durante o período Criogênico, que começou há 720 milhões de anos, em que o planeta todo, incluindo os oceanos, parecia uma bola de neve. Um estudo, publicado na segunda-feira (2), relata como um grupo de cientistas foi capaz de explicar como a vida sobreviveu à glaciação de longa duração.
O período Criogênico, no qual ocorreram dois eventos de glaciação geral, durou aproximadamente 95 milhões de anos. Segundo a pesquisa, durante a glaciação apareceram algumas novas formas e espécies.
Em teoria, a camada de gelo sobre os oceanos impede o acesso à água do oxigênio atmosférico, ou seja, a vida deveria ter desaparecido, mas os vestígios geológicos indicam que não foi esse o caso.
Qualquer organismo complexo precisaria de alimentos para prosperar, incluindo dentro da água. Os cientistas admitem que precisem de mais investigação para compreender como as formas de vida interagiriam em essas condições.
Foi encontrada evidência fóssil em sedimentos depositados no antigo leito marinho, especificamente na distribuição dos sedimentos ricos em ferro. Para este fim, o grupo Lechte estudou várias formações férreas em três continentes: as montanhas Chuos na Namíbia, África, o subgrupo Yudnamutana, na Austrália, e o pico Kingston na Califórnia, EUA. Assume-se que estas áreas nem sempre foram terras secas, tendo sido habitadas por esponjas, que ainda se encontram entre nós.

© FOTO / ROSCOSMOS / OLEG KONONENKO
Foto tirada do espaço mostra estrutura de Richat no deserto do Saara, na África

Ferro salva a vida?

Uma das hipóteses para explicar a vida debaixo do oceano tem a ver com o ferro. Os pesquisadores sabem que a água do mar naquela época era rica em ferro dissolvido e também que existem, ainda hoje, bactérias quimiotróficas que retiram sua energia da oxidação desse ferro.
Os cientistas detectaram depósitos de ferro oxidado em lugares em que se acredita que o glaciar flutuante roçava o gelo do continente. Geologicamente falando, os sedimentos de ferro reaparecem no registro geológico aproximadamente um bilhão de anos após sua ausência. Desta forma, o oxigênio e o ferro poderiam ter oferecido à vida os recursos necessários para subsistir.
O especialista em sedimentos marinhos Maxwell Lechte, da Universidade McGill, Canadá, acredita que a contradição da hipótese mais lógica se deve a uma "bomba de oxigênio glacial". Ele descreve a libertação de bolhas de ar presas no gelo glacial, que se derretia no oceano.
"A evidência sugere que, embora grande parte dos oceanos durante o congelamento tivesse sido inabitável devido à falta de oxigênio, nas áreas onde a camada de gelo terrestre começou a flutuar havia um suprimento crítico de água de fusão oxigenada", explicou o pesquisador.

NASA exibe FOTO impressionante de relâmpagos sob Via Láctea



A NASA divulgou uma fotografia, tirada no sul da Itália, mostrando relâmpagos em plena ação juntamente com a Via Láctea, mostrando um fenômeno natural belíssimo.

A imagem foi feita pelo fotógrafo Ivan Pedretti, que capturou a cena da ponta sul da ilha italiana de Sardenha.
A agência espacial americana apresentou a fotografia como a Foto Astronômica do Dia, disse o tabloide britânico Mirror.
"As rochas e arbustos em primeiro plano estão perto do famoso farol de Capo Spartivento, e a câmera é apontada para o sul, na direção da Argélia, na África", escreve a NASA.

© NASA . IVAN PEDRETTI
Imagem da NASA mostra relâmpagos sob Via Láctea no sul da Itália
"Ao longe, do outro lado do mar Mediterrâneo, uma tempestade está ameaçando, com vários relâmpagos elétricos capturados juntos durante esta exposição de 25 segundos […] Mais longe, e dispersas para baixo a partir do canto superior esquerdo, estão bilhões de estrelas que juntas compõem a banda central da nossa Via Láctea", complementou.

Planeta gigante é detectado pela 1° vez orbitando em torno de anã branca (VÍDEO)



Os pesquisadores do Observatório Europeu do Sul (ESO) descobriram pela primeira vez indícios da existência de um planeta gigante associado a uma estrela anã branca.

Os cientistas conseguiram observar um exoplaneta gigante semelhante a Netuno orbitando em torno de uma estrela anã branca, o que poderia apontar pistas sobre como será nosso Sistema Solar no futuro, conforme o jornal Diário de Notícias.
"Foi uma daquelas descobertas que se fazem por acaso", afirmou Boris Gänsicke, pesquisador da Universidade de Warwick, que liderou o estudo publicado pela revista Nature.
A equipe analisou aproximadamente sete mil estrelas anãs brancas através do Sloan Digital Sky Survey, o mapa digital astronômico altamente detalhado. Durante a observação, uma das estrelas se destacou devido às suas características que a diferenciava das demais.
A estrela WDJ0914+1914 apresentou indícios de elementos químicos em quantidades nunca vistas antes em uma anã branca, descreve o comunicado da ESO.
"Nós sabíamos que havia algo excepcional acontecendo neste sistema e acreditávamos que estaria relacionado com algum tipo de resto planetário", explicou Gänsicke.
As novas observações confirmaram a presença de hidrogênio,oxigênio e enxofre ligados à anã branca, que possui uma temperatura de 28 mil graus Celsius, ou seja, ela é cinco vezes mais quente que o Sol.
Contudo, esses elementos foram encontrados em torno da anã branca e não na estrela propriamente dita, sendo assim, eles eram resultado da evaporação do planeta próximo, que é gelado e grande, além de ter pelo menos duas vezes o tamanho da anã branca "WDJ0914+1914", localizada a aproximadamente 1.500 anos-luz da Terra, na constelação de Caranguejo.

© FOTO / NASA/JPL-CALTECH
Representação de uma estrela anã branca
As quantidades de hidrogênio, oxigênio e enxofre que foram encontradas são semelhantes às detectadas "nas camadas atmosféricas profundas de planetas gigantes gelados, não como Netuno e Urano", relata a ESO.
Os especialistas sugerem que a nova órbita tenha sido resultado de interações gravitacionais com outros planetas no sistema, supondo que mais de um planeta poderia ter sobrevivido à transição da sua estrela hospedeira.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Telescópio da NASA captura VÍDEO de explosão nunca antes vista em cometa



Astrônomos usaram dados do telescópio espacial TESS, publicando um GIF da explosão de poeira, gelo e gases do cometa 46P/Wirtanen durante sua aproximação ao Sol.

Essa foi a primeira vez que a humanidade conseguiu imagens tão nítidas de um evento desse tipo.
"Esta é a observação mais completa e detalhada até hoje da formação e dissipação da explosão em um cometa ocorrendo naturalmente", disse a NASA em um comunicado.
O pequeno corpo celeste teve seu momento de maior aproximação à Terra em dezembro de 2018, quando passou a 11,5 milhões de quilômetros de distância. Contudo, a explosão começou em 26 de setembro do mesmo ano, dissipando-se durante 20 dias seguidos.

Veja outros Tweets de TP - Vinny

​1) O telescópio TESS da NASA capturou um evento explosivo no pequeno cometa 46P da família Júpiter, em 26 de setembro de 2018. O artigo da NASA é datado de 4 de dezembro de 2019:
Segundo estimativas aproximadas dos cientistas da Universidade de Maryland (EUA), o fenômeno expulsou cerca de um milhão de quilos de material, criando uma cratera de cerca de 20 metros em sua superfície.
"Como o TESS obtinha imagens detalhadas e compostas a cada 30 minutos, a equipe conseguiu visualizar cada fase com detalhes minuciosos", afirmou a agência norte-americana.
"Com 20 dias de imagens muito frequentes, pudemos avaliar facilmente as alterações de luminosidade", comentou o autor principal do estudo, Tony Farnham, do Departamento de Astronomia da universidade.

Contribuição para a ciência

Os pesquisadores também conseguiram detectar pela primeira vez o rastro do cometa, que, ao contrário da cauda, é um campo de detritos maiores que traça sua trajetória orbital enquanto se move ao redor do Sol. "Quando a Terra encontra o rastro de poeira de um cometa, temos chuvas de meteoros", explicou o coautor Michael Kelley.
Em maio, descobriu-se que o cometa 46P/Wirtanen contém água "semelhante à de um oceano". Esta descoberta reforçou a ideia de que estes corpos gelados desempenharam um papel fundamental na chegada do líquido à Terra.

CC0 / KEES SCHERER
Cometa C/2015 v2 Johnson (imagen referencial)
Por razões ainda desconhecidas dos cientistas, muitos cometas ocasionalmente experimentam explosões espontâneas. O estudo do processo desse fenômeno pode ajudar a compreender melhor as propriedades desses corpos.
Os resultados das observações dos astrônomos foram publicados na Astrophysical Journal Letters.

Espaço: Meteorito é o 'prato predileto' de microrganismo observado por astrobiólogos



Astrobiólogos estudaram o comportamento de um microrganismo que coloniza minerais presentes em meteoritos muito mais rapidamente do que qualquer outro mineral de origem terrestre.

microrganismo Metallosphaera sedula parece preferir alimentar-se de meteoritos do que de qualquer outro mineral disponível na Terra. O microorganismo é capaz de processar material extraterrestre, de acordo com descoberta feita por equipe de pesquisadores da Universidade de Viena.
"A adequação a meteoritos parece ser mais benéfica para este antigo microrganismo do que uma dieta de fontes minerais terrestres [O meteorito] NWA 1172 é um material multimetálico que pode […] facilitar a atividade metabólica e o crescimento microbiano", disse a pesquisadora-chefe Tetyana Milojevic.
Das Archaeon Metallosphaera sedula kann außerirdisches Material aufnehmen und verarbeiten. 🌑 Das zeigt ein internationales Team um Astrobiologin Tetyana Milojevic, die mikrobielle Fingerabdrücke auf dem Meteoritengestein untersucht. @SciReports http://bit.ly/35SxlmJ 

Veja outros Tweets de Universität Wien

O organismo Metallosphaera sedula pode absorver e processa material extraterrestre. Isso foi provado por uma equipe internacional liderada pela astrobióloga Tetyaba Milojevic
A avaliação da biogenética baseada em materiais extraterrestres proporciona material rico para que seja explorada a suposta química bioinorgânica extraterrestre que poderia ter existido no Sistema Solar.

Um microrganismo que adora meteoritos

A pesquisa, publicada na Scientific Reports, descreve o tráfego de componentes inorgânicos de meteoritos em uma célula microbiana. Os cientistas estudaram o comportamento redox, que constitui a reação química com troca de elétrons entre duas substâncias químicas, do ferro.
Combinando técnicas de espectroscopia analítica e microscopia eletrônica de transmissão, os pesquisadores revelaram um conjunto de traços biogeoquímicos deixados no crescimento de M. sedula no meteorito NWA 1172.
"Nossa pesquisa valida a capacidade do M. sedula de realizar a biotransformação de minerais de meteoritos, desvendar as impressões digitais microbianas que permanecem no material do meteorito e fornecer o próximo passo para uma compreensão da biogeoquímica de meteoritos", conclui Milojevic em comunicado.
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