Apesar de parecer cena de filme de ficção científica, um novo estudo mostra que a erupção de ferro pode ser algo real.
Pesquisadores da Universidade de Purdue, EUA, analisaram o asteroide metálico Psyche, sugerindo que a rocha espacial pode ter emitido ferro durante sua formação, segundo o Mirror.
Aparentemente, o asteroide é composto em grande parte de ferro e níquel, entretanto, ele é significativamente menos denso do que deveria ser, tornando-se um grande mistério para os pesquisadores, que procuram entender sua formação.
© FOTO/ NASA/JPL-CALTECH/UNIVERSIDADE DO ESTADO DO ARIZONA/SPACE SYSTEMS LORAL/PETER RUBIN
Imagem artística da sonda para missão Psyche da NASA
Acredita-se que os asteroides ricos em metais foram formados através da colisão de pequenos planetas, que soltaram grande parte do material exterior deixando para trás os núcleos metálicos internos, que posteriormente arrefeceram e solidificaram.
O estudo sugere que durante o processo de resfriamento uma quantidade residual de ferro fundido derretido, níquel e enxofre teriam fluído para a superfície através de fissuras.
"Nos referimos a estes processos coletivamente como 'ferrovulcanismo'", afirmou o Dr. Brandon C. Johnson, um dos autores do estudo.
"Nossos cálculos sugerem que as erupções ferrovulcânicas possam ser possíveis em corpos pequenos, ricos em metais, especialmente com misturas ricas em enxofre e com mantos mais finos do que 35 quilômetros ou corpos com o manto localmente mais fino devido a grandes crateras de impacto", explicou o autor com relação à profundidade das fissuras.
Por sua vez, a NASA revelou planos de visitar o Psyche na tentativa de aprender mais sobre o misterioso asteroide metálico.
A missão Psyche deve ser lançada em agosto de 2022, com a nave espacial chegando apenas em 2026.
“O objetivo da missão é, entre outras coisas, determinar se o Psyche realmente é o núcleo de um objeto do tamanho de um planeta”, explicou a NASA.