Olódùmarè pode concordar com o que pedimos ou não, ou pode ainda definir para nós outros objetivos de vida. Essa conversa é uma das coisas mais importantes para nós e dela poderá depender por exemplo qual será o nosso odù de nascimento, porque ele faz parte do nosso Orí e vai ser definido para nos ajudar na vida que vamos ter aqui no aiye. O nosso Orixá também poderá ser definido nesse momento e também será escolhido de forma a nos ajudar com nosso objetivo de vida.
Nesse ponto cabe uma dúvida porque o odù com certeza depende de nosso destino escolhido e atribuído, mas o Orixá não tenho certeza. Eu gosto da visão de que o Orixá não tem restrições no seu poder e qualquer Orixá que tenhamos vai nos ajudar igualmente. No meu íntimo essa ideia de especialização funcional de Orixá, como as pessoas gostam e chegam a dizer que profissão uma pessoa de tal Orixá deveria ter, é uma ideia meio cartesiana muito simplificadora e racionalista. Assim não tem minha simpatia.
Uma outra opção é a que nascemos com algum Orixá de nossa família, de Pai, mãe ou avós, assim uma mesma linhagem teriam filhos com Orixá similares e claro sempre se casa com uma pessoa de fora da família e novas opções de Orixá podem ser incluídas. Mas o importante é que como eu sempre disse, nós aqui no aiyé somos a coisa mais importante de Olódùmarè. Esse mundo espiritual, os Orixá existem para nos ajudar a viver e não para nos escravizar ou atrapalhar.
E
assim só existe uma testemunha, só existe um testemunho, e ele é
Orunmila, e existe para qualquer pessoa. Assim seja no culto de Ifá ou
de Orixá você tem que lidar com a mesma divindade, com Orunmila quer
você do destino e não 2, se vamos a um oráculo de eerindinlogun para
corrigirmos o nosso destino e vamos ter uma resposta para isso, quem
está respondendo é Orunmila. Não pode ser Oxalá ou Xangô ou Oxum ou
qualquer outro porque somente Orunmila é o testemunho de nosso destino.
A
nossa conversa com Olódùmarè tem apenas 1 testemunho: Orunmila. Assim
ele é o único que pode saber o nosso destino. Algumas outras divindades
podem fazer parte, uma delas é ajala, outra é onibode, oporteiro do
orun. Antes de descermos para o aiyé perante Onibode nós falamos o nosso
destino e quando pretendemos retornar.
Mas para nós aqui Orunmila é o elerii ìpin, testemunho dos destino de todos nós e o mensageiro divino aquele que traz as mensagens de Olódùmarè e de todos os Orixa. Quando em nossa vida temos uma dificuldade que não conseguimos resolver, e isto está nos impedindo de seguir em frente, naqueles momentos em que não sabemos mais o que fazer, devemos recorrera a Orunmila consultando o oráculo de Ifá. Essa consulta é ao mesmo tempo um pedido de socorro e Orunmila, o elerii ìpin vai responder de forma a corrigir nossa vida para que possamos seguir com nosso destino.
No
culto de Ifá um Babaláwo se dedica consultar o oráculo para as pessoas e
a fazer as ações decorrentes para poder corrigir o problema que
Orunmila viu na vida da pessoa, não necessariamente o que a pessoas
estava buscando lá. Quando a gente entre nessa área na qual um Babaláwo
ou um Babalorixa, atende alguém e faz aquilo o que a pessoa quer ou que
resolve o que a pessoa foi buscar estamos na área da feitiçaria e não da religião.
Uma babaláwo não é uma pessoa para fazer santo nos outros ou cuidar de Orixá dos outros, para isso existem os Babalorixa. Um babaláwo trabalha através de Orunmila com rezas, elementos simples e muito através de Exu e Osanyin. Mas basicamente a vida de uma Babaláwo é consultar o oráculo.
Contudo existe uma coisa comum entre Ifá e UMBANDA e Candomblé que é a teogonia a base da religião, que é a mesma. Ser um culto especializado em uma divindade não muda o contexto religioso que ele está situado. Para qualquer um estamos tratando da mesma matriz religiosa e nessa matriz o papel de Orunmila é reconhecido da mesma forma.
Na nossa teologia, antes de nossos espíritos virem para o aiyé, no orun nós nos ajoelhamos perante Olódùmarè para junto a ele pedirmos o nosso destino, que alguns preferem chamar de objetivo de vida. Nesse momento nós escolhemos o que queremos viver nessa vida, o que queremos realizar e qual o nosso objetivo ao nascer no aiyé. Olódùmarè pode concordar com o que pedimos ou não, ou pode ainda definir para nós outros objetivos de vida. Essa conversa é uma das coisas mais importantes para nós e dela poderá depender por exemplo qual será o nosso odù de nascimento, porque ele faz parte do nosso Orí e vai ser definido para nos ajudar na vida que vamos ter aqui no aiye. O nosso Orixá também poderá ser definido nesse momento e também será escolhido de forma a nos ajudar com nosso objetivo de vida.
Orunmila
fala sempre através de um Odù. Existem 256 Odù e os sacerdotes de Ifá
dedicam a sua vida a aprender a entender as mensagens de orunmilá
através desses Odù, a aprender os versos de Ifá, poemas, os ésé, que
contem através de metáforas os ensinamentos e mensagens para os
consulentes. Além disso devem aprender a como fazer as rezas, os ébó, as
folhas e até sacrifícios que permitirão ao odù atuar na vida das pessoas.
Assim, não se pode falar de Orunmila e de Ifá sem considerar que tudo isso gira em torno de Odù. Não sei se todos entendem o que é um Odù porque sem entender o que é um odù não se entende Ifá, mas volto nisso adiante. Entre nós, no Brasil, Ifá é sinônimo de Oráculo e muita gente usa assim indistintamente sem as vezes entender a origem dessa palavra.
Orunmila
é uma das mais importantes divindades da religião Yoruba. Sua atuação
esta centrada no oráculo e nos ẹbọ corretivos e sua atuação junto às
demais divindades e seres humanos gira em torno da transmissão de
sabedoria e da humildade. O fato de não ser um Orixa guerreiro talvez
também explique a pouco popularidade no Candomblé já que os Orixa
tradicionais sempre tem que carregar uma arma branca na mão e são representados como musculosos e lindas beldades. Essas descrições jamais seriam adequadas para Orunmila.
Através de sua grande sabedoria, conhecimento e compreensão Orunmila coordena a atuação dos irunmale da religião Yoruba. Ele funciona como um intermediário entre os demais irunmale e as pessoas e entre as pessoas e seus ancestrais. Assim ele é a boca dos Orixa que fala através do seu oráculo, o oráculo de Ifá.
Mas a fala de Orunmila não é uma coisa simples e direta como estamos acostumados nos oráculos que usamos no dia a dia ou mesmo através dos guias de Umbanda. Orunmila fala através de sinais e de histórias. Suas histórias são metáforas, parábolas e meias verdades que devem ser interpretadas.
Mas para nós aqui Orunmila é o elerii ìpin, testemunho dos destino de todos nós e o mensageiro divino aquele que traz as mensagens de Olódùmarè e de todos os Orixa. Quando em nossa vida temos uma dificuldade que não conseguimos resolver, e isto está nos impedindo de seguir em frente, naqueles momentos em que não sabemos mais o que fazer, devemos recorrera a Orunmila consultando o oráculo de Ifá. Essa consulta é ao mesmo tempo um pedido de socorro e Orunmila, o elerii ìpin vai responder de forma a corrigir nossa vida para que possamos seguir com nosso destino.
Uma babaláwo não é uma pessoa para fazer santo nos outros ou cuidar de Orixá dos outros, para isso existem os Babalorixa. Um babaláwo trabalha através de Orunmila com rezas, elementos simples e muito através de Exu e Osanyin. Mas basicamente a vida de uma Babaláwo é consultar o oráculo.
Contudo existe uma coisa comum entre Ifá e UMBANDA e Candomblé que é a teogonia a base da religião, que é a mesma. Ser um culto especializado em uma divindade não muda o contexto religioso que ele está situado. Para qualquer um estamos tratando da mesma matriz religiosa e nessa matriz o papel de Orunmila é reconhecido da mesma forma.
Na nossa teologia, antes de nossos espíritos virem para o aiyé, no orun nós nos ajoelhamos perante Olódùmarè para junto a ele pedirmos o nosso destino, que alguns preferem chamar de objetivo de vida. Nesse momento nós escolhemos o que queremos viver nessa vida, o que queremos realizar e qual o nosso objetivo ao nascer no aiyé. Olódùmarè pode concordar com o que pedimos ou não, ou pode ainda definir para nós outros objetivos de vida. Essa conversa é uma das coisas mais importantes para nós e dela poderá depender por exemplo qual será o nosso odù de nascimento, porque ele faz parte do nosso Orí e vai ser definido para nos ajudar na vida que vamos ter aqui no aiye. O nosso Orixá também poderá ser definido nesse momento e também será escolhido de forma a nos ajudar com nosso objetivo de vida.
Assim, não se pode falar de Orunmila e de Ifá sem considerar que tudo isso gira em torno de Odù. Não sei se todos entendem o que é um Odù porque sem entender o que é um odù não se entende Ifá, mas volto nisso adiante. Entre nós, no Brasil, Ifá é sinônimo de Oráculo e muita gente usa assim indistintamente sem as vezes entender a origem dessa palavra.
Através de sua grande sabedoria, conhecimento e compreensão Orunmila coordena a atuação dos irunmale da religião Yoruba. Ele funciona como um intermediário entre os demais irunmale e as pessoas e entre as pessoas e seus ancestrais. Assim ele é a boca dos Orixa que fala através do seu oráculo, o oráculo de Ifá.
Mas a fala de Orunmila não é uma coisa simples e direta como estamos acostumados nos oráculos que usamos no dia a dia ou mesmo através dos guias de Umbanda. Orunmila fala através de sinais e de histórias. Suas histórias são metáforas, parábolas e meias verdades que devem ser interpretadas.
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