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quinta-feira, 9 de julho de 2020

Adeus, parceira: galáxia é flagrada 'se afastando' da Via Láctea a mais de 5 milhões de km/h (FOTO)



O Telescópio Espacial da NASA e da ESA descobriu a NGC 7513, que estaria se movendo no espaço a "uma velocidade surpreendente" que supera mais de 50 vezes a velocidade de órbita da Terra em volta do Sol.

O Telescópio Espacial Hubble detectou uma galáxia, chamada NGC 7513, que está se afastando rapidamente da Via Láctea de uma distância atual de aproximadamente 60 milhões de anos-luz, segundo publicado na segunda-feira (6) no portal oficial do telescópio da NASA e da ESA.
"Esta galáxia se move a uma velocidade surpreendente de 1.564 quilômetros por segundo [cerca de 5,6 milhões de km/h], e está se afastando de nós. Em comparação, a Terra orbita o Sol a cerca de 30 quilômetros por segundo [108 mil km/h]", diz o comunicado.
A NGC 7513 tem uma estrutura espiral, em forma de penas e de barril, e uma concentração de estrelas no meio, relata a revista National Interest.

Galáxia espiral NGC 7513
No entanto, astrônomos dizem há bastante tempo que existem muitas outras galáxias fazendo o mesmo, especialmente as que tiverem formas de barra, que afetam o movimento do gás e das estrelas dentro da galáxia. Esse fenômeno é provocado pela expansão de nosso Universo, algo descoberto por Edwin Hubble, um astrônomo pioneiro que deu seu nome ao telescópio.
O mesmo não estaria acontecendo com a própria Via Láctea, que pode ter absorvido no passado uma galáxia anã chamada Antlia 2, e deverá colidir com a Grande Nuvem de Magalhães em dois bilhões de anos, segundo um estudo publicado em 2019.
Além disso, se prevê que enfrentará a Andrômeda, a galáxia mais próxima, daqui a 4,5 bilhões de anos, que também pode ter um passado "carnívoro".
O Telescópio Espacial Hubble, originalmente lançado em 1990, deverá ser substituído pelo Telescópio Espacial James Webb em março de 2021.

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Substância encontrada no lado oculto da Lua é finalmente identificada por cientistas




O material, previamente descrito como sendo "semelhante a gel", foi teorizado como sendo resultado do impacto de um meteorito contra satélite natural da Terra.
A substância, encontrada na Lua pelo rover chinês Yutu-2 no lado oculto da Lua em julho de 2019, foi finalmente identificada por pesquisadores da Academia de Ciências da China, que publicaram os resultados do estudo na revista Earth and Planetary Science Letters.
Devido ao satélite terrestre ser um local seco e poeirento, o material era uma rocha, que estava se derretendo, algo que já era apontado por imagens lançadas posteriormente, indica o portal Science Alert.
"O rover Chang'e-4 descobriu uma brecha de impacto verde, escura, brilhante e derretida em uma cratera durante sua travessia no solo da cratera de Von Kármán dentro da bacia do Polo Sul Aitken (SPA [na sigla em inglês]) no extremo lunar", escreveram os cientistas.
Na época, o Diário do Povo da China descreveu a substância como sendo "semelhante a gel".
O rover Yutu-2, parte da missão Chang'e-4 da China, descobriu uma substância "semelhante a gel" de cor incomum durante suas atividades de exploração no lado oculto da Lua. Os cientistas da missão estão agora tentando descobrir o que é o material misterioso. O que você acha que é?
Após análise mais aprofundada da Câmera Panorâmica Yutu-2, de uma câmera de prevenção de riscos e particularmente do Espectrômetro de Imagem Visível e Quase Infravermelha (VNIS, na sigla em inglês), Sheng Gou e colegas, da Academia de Ciências da China, determinaram a composição química do achado, que era devido à queda de um objeto do espaço.
"Ela foi formada pelo impacto gerado pela soldagem, cimentação e aglutinação de regolito lunar e brecha", que os cientistas sugerem acontecer por impacto de um meteorito.
Esse regolito era constituído predominantemente por plagioclase (cerca de 45%), piroxeno (7%) e olivina (6%), não diferentes da típica composição lunar encontrada anteriormente pelas missões lunares Apollo 15 e Apollo 17, que eram tipos de brecha, um material formado por rochas cimentadas uma à outra.
Apesar de o material ser encontrado na cratera, isso não garante que se originou lá, devido a indicações de o regolito ser uma mistura de duas crateras, sustentado pelo fato de o tamanho da cratera ser de cerca de 2 metros de diâmetro. O diâmetro estimado de um impacto que criasse uma cratera desse tamanho é de apenas 2 centímetros, pequeno demais para criar um impacto fundido 52 por 16 centímetros.
Além disso, o rover oferecia iluminação pobre, impedindo uma conclusão mais definitiva sobre a descoberta.
"Assim, a brecha de impacto não foi provavelmente formada no local em que a cratera foi encontrada, mas foi muito provavelmente expelida em um evento diferente e [...] ejetada para a cratera fresca de 2 metros", teorizam os pesquisadores.

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Cientistas apontam razão pela qual objetos do Sistema Solar exterior têm órbitas estranhas



Segundo um estudo realizado pela Universidade do Colorado em Boulder, EUA, as próprias propriedades gravitacionais dos "objetos separados" seriam razão para suas órbitas irregulares.

A região do espaço além do Cinturão de Kuiper, que por sua vez está além do planeta Netuno, pode ter padrões de órbita irregulares devido à gravidade coletiva dos objetos, e não por causa de um hipotético Planeta Nove, afirmam cientistas da Universidade do Colorado em Boulder, EUA.
"Esta região do espaço, que está muito mais próxima de nós do que estrelas em nossa galáxia e outras coisas que podemos observar muito bem, é tão desconhecida para nós", explicou a astrofísica Ann-Marie Madigan, da instituição.
Os objetos estudados não correspondem aos do Cinturão de Kuiper, que se estende um pouco depois da órbita de Netuno, a cerca de 30 unidades astronômicas, até um pouco além do ponto mais distante da órbita de Plutão, a cerca de 55 unidades astronômicas. Uma unidade astronômica (UA) corresponde à distância entre a Terra e o Sol.
Os objetos, em forma de planetas anões, também chamados de sednoides, estão muito mais distantes do Sol. Como exemplo, Leleakuhonua se encontra a 65 unidades astronômicas (cerca de 9,72 bilhões de quilômetros) na sua maior aproximação ao Sol, e se afasta até 2.106 UA (315 bilhões de quilômetros). Já o Sedna varia entre 76 UA e 937 UA, e o FarFarOut foi detectado a 140 UA. São objetos senoides, ou planetas anões
Como o próprio raio de distâncias entre o ponto mais próximo e o mais afastado do Sol indica, os corpos celestes têm órbitas irregulares, com elipses, e em um ângulo inclinado em relação ao plano mais ou menos estável do Sistema Solar. Além disso, os objetos ocasionalmente parecem entrar em alinhamento, sugerindo um impulsionador comum ao fenômeno.
Pesquisadores conduziram uma série de simulações da área além do Cinturão de Kuiper usando um supercomputador para ter em conta as massas coletivas e individuais desses objetos, cujos resultados publicaram em estudo na revista The Astronomical Journal.
Os resultados demonstraram que os objetos não permaneceram ordenados por muito tempo, particularmente em massas coletivas mais altas. Com o passar do tempo na simulação, os objetos começaram a interagir, empurrando e puxando uns aos outros, e se desviando do curso.
Astrônomos têm procurado uma razão para a movimentação caótica desses corpos celestes, chamados de "objetos descolados", com as simulações indicando que é necessária uma grande quantidade de massa para igualar o comportamento dos objetos separados.
"Somos a primeira equipe a ser capaz de reproduzir tudo, todas as estranhas anomalias orbitais que os cientistas têm visto ao longo dos anos", diz Madigan.
No entanto, a tarefa é complicada pela pouca luz dessa região, afastada das luzes das estrelas.
"Você realmente precisa da mais nova geração de telescópios para observar estes corpos", aponta Alexander Zderic, também da Universidade do Colorado em Boulder.

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Imunidade de rebanho seria miragem, opinam cientistas ao ver anticorpos desaparecendo em pacientes




Apenas 5% das pessoas infectadas pelo novo coronavírus, segundo o estudo, desenvolveram imunidade, confirmando pesquisas anteriores em que mesmo em regiões fortemente afetadas não surgia proteção na população.

Cientistas espanhóis examinaram a imunidade de rebanho no país, chegando à conclusão que esta poderia ser "inalcançável" devido aos anticorpos do SARS-CoV-2 desaparecerem em certos pacientes meras semanas após os desenvolverem, escreve o site Business Insider.
O estudo refere que só 5% das 61.000 pessoas testadas mantiveram os anticorpos contra o novo coronavírus, segundo dados publicados na revista médica The Lancet, ao mesmo tempo que a imunidade desapareceu em outros 14% apenas semanas depois dos primeiros testes.
"A imunidade pode ser incompleta, pode ser transitória, pode durar pouco tempo e depois desaparecer", disse Raquel Yotti, diretora do Instituto de Saúde Carlos III da Espanha, que ajudou a conduzir o estudo.
O país europeu tem sido um dos mais atingidos pela COVID-19, com quase 30.000 mortes e mais de 250.000 infecções, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, EUA, mas nem por isso a Espanha desenvolveu anticorpos suficientes para chegar à imunidade de rebanho, com 7% da população em Barcelona e 10% em Madri, as zonas mais afetadas pela pandemia.

© AP PHOTO / ALVARO BARRIENTOS
Homem toma café na cidade de Pamplona, na Espanha, em meio à pandemia da COVID-19.
Em Estocolmo, Suécia, onde não foram implementadas medidas de isolamento estritas, a porcentagem de pessoas com anticorpos era de 7,3% em maio.
Além disso, Boris Johnson, premiê do Reino Unido, teria tentado inicialmente (junto com Patrick Vallance, o principal conselheiro científico do governo britânico) atingir imunidade de rebanho no país, segundo o vice-ministro da Saúde italiano que conversou com ele em 13 de março, antes de Londres ordenar um lockdown nacional pouco mais de uma semana depois.

Relação com estudos anteriores

Alguns pesquisadores consideram que o estudo corrobora descobertas anteriores, de acordo com as quais a imunidade ao vírus pode não ser duradoura em pessoas que desenvolvem apenas sintomas leves ou sem sintomas.
Segundo Ian Jones, professor de virologia da Universidade de Reading, Reino Unido, uma infecção leve "nunca faz com que o sistema imunológico funcione suficientemente bem para gerar 'memória' imunológica", e um mero teste positivo de anticorpos não garante proteção contra o coronavírus, apesar de ser possível.
Estudos realizados nos EUA e na China têm teorizado que a imunidade de rebanho não poderia ser atingida.
"À luz destas descobertas, qualquer abordagem proposta para atingir a imunidade de rebanho através de infecção natural não só é altamente antiética, mas também inalcançável", concluíram Isabella Eckerle, que dirige o Centro para Doenças Virais Emergentes de Genebra, e Benjamin Meyer, um virologista na Universidade de Genebra, ambos na Suíça.

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