Observações experimentais com os radiotelescópios mais poderosos do mundo sugerem que, na prática, a constante de Hubble, que indica a velocidade de expansão do universo, tem valor maior que o teórico
Usando um conjunto internacional de radiotelescópios, pesquisadores do National Radio Astronomy Observatory (NRAO), nos EUA, realizaram um estudo que sugere que o universo está se expandindo a uma velocidade maior do que se acreditava. Isso sugere que o "modelo padrão", que descreve o comportamento do universo precisa ser revisto.
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A velocidade de expansão do universo é indicada com a constante de Hubble, criada em 1929 pelo astrônomo Edwin Hubble (que deu nome ao Telescópio Hubble), e não é uma medida simples como a velocidade de um carro. Como o universo todo está se expandindo, os objetos mais distantes de nós se movem mais rapidamente do que os mais próximos.
Por isso a constante considera a distância. Segundo cálculos teóricos, as galáxias deveriam estar se movendo a uma velocidade de 67 km/s por megaparsec. Ou seja, a cada megaparsec (3.260 anos-luz) de distância, sua velocidade aumenta em 67 km/s.
O Megamaser Cosmology Project (MCP) usa uma rede internacional de rádiotelescópios para medir a constante de Hubble descobrindo e estudando galáxias cujas distâncias até nós podem ser medidas com precisão pelos astrônomos. O método de detecção é independente de dados usados em estudos anteriores, fornecendo suporte adicional para medidas experimentais da constante de Hubble.
Os cientistas procuraram galáxias que produzem emissões conhecidas como masers, uma espécie de "laser" composto por ondas de rádio, entre elas radiação de micro-ondas. Quando estas ondas passam por objetos imensos, como galáxias, a luz é refletida de uma forma que pode ser analisada para produzir uma medida precisa da constante de Hubble.
Quatro galáxias, localizadas entre 168 e 431 milhões de anos-luz da Terra, foram selecionadas pelos cientistas, que apontaram para elas os radiotelescópios mais poderosos do mundo em busca de radiação maser. Entre eles o Very Long Baseline Array (VLBA), Karl G. Jansky Very Large Array (VLA), e o Robert C. Byrd Green Bank Telescope (GBT), todos nos EUA, além do telescópio Effelsberg na Alemanha.
Quando o estudo foi concluído, os cientistas chegaram a um valor para a constante de Hubble que é cerca de 10% maior do que o previsto pelo modelo padrão: 73,9 km/s por megaparsec.
"Nossa medida da constante de Hubble é muito próxima de outras medidas recentes, e estatisticamente muito diferente das predições baseadas na Radiação Cósmica de Fundo de Micro-ondas (CMB - Cosmic Microwave Background Radiation) e no modelo cosmológico padrão. Isso indica que o modelo padrão precisa ser revisto", disse James Braatz, do NRAO.
Se as observações estiverem corretas, este valor maior do que o esperado para a constante de Hubble pode levantar sérias questões sobre o modelo padrão que descreve o universo. Conhecido como o modelo Lambda-CDM, ele é usado para prever a composição de toda a matéria e energia do universo, incluindo matéria comum, matéria escura e energia escura. Ele também nos fornece o conhecimento básico sobre a evolução do Universo desde o Big Bang.
Fonte: The Next Web