Telescópio espacial Kepler identificou 219 possíveis exoplanetas (JPL-Caltech/Nasa) |
Os dados são do telescópio Kepler, que busca candidatos a planetas fora do sistema solar. Dez desses possíveis planetas têm tamanho parecido com o da Terra
O telescópio espacial Kepler identificou 219 novos candidatos a planeta fora do sistema solar. Segundo o catálogo divulgado pela Nasa nesta segunda-feira, dez deles têm o tamanho parecido com o da Terra e orbitam a zona habitável de suas estrelas, ou seja, a uma distância tal que permite a existência de água líquida, condição essencial para o surgimento de vida. Segundo a agência espacial americana, os novos dados são fundamentais para encontrar e determinar quantas “Terras” teríamos em nossa galáxia e assim, ajudar na busca de condições favoráveis para a vida extraterrestre.
Este é o oitavo catálogo de candidatos a exoplanetas (nome dado aos planetas que orbitam estrelas diferentes do Sol), identificados por Kepler e divulgado pela Nasa desde o início da missão. Ele foi feito a partir de dados coletados durante os quatro primeiros anos de atividade do telescópio, de 2009 a 2013. Neste período, o equipamento captou informações da região da constelação do Cisne, no hemisfério celestial norte. Segundo os astrônomos da agência espacial americana, o novo catálogo de exoplanetas é o mais “compreensível e detalhado” já feito.
Com estas novas informações, são 4.034 possíveis planetas já identificados pelo Kepler, o mais potente “caçador” de exoplanetas criado pelos astrônomos. Desses, 2.335 foram verificados como exoplanetas de fato. Dos cerca de 50 candidatos a planetas parecidos com a Terra, mais de 30 foram confirmados com o auxílio de outros equipamentos de observação.
Kepler - Para encontrar os planetas, o telescópio espacial volta suas lentes para as estrelas da Via Láctea, buscando por um fenômeno chamado trânsito. Como os próprios planetas não possuem brilho, cada vez que o instrumento capta uma diminuição da luminosidade da estrela, significa que algum objeto está passando na frente dela. Assim, ao captar uma sombra na luz da estrela, Kepler identifica um possível planeta. Estudos feitos com dados de Kepler indicam duas populações bem distintas de planetas localizados fora do sistema solar, uma de astros rochosos com o tamanho da Terra e outra de gasosos menores que Netuno (Netuno tem quatro vezes o diâmetro da Terra e 17 vezes mais massa). Além disso, aproximadamente metade dos planetas identificados ou não tem superfície ou ela está sob uma atmosfera muito densa, o que tornaria improvável a presença de vida. “O conjunto de dados obtidos por Kepler é único, pois só ele traz uma população de planetas análogos à Terra — planetas com aproximadamente o mesmo tamanho e órbita da Terra. Compreender a frequência desses astros na galáxia irá ajudar a orientar futuras missões da Nasa para encontrar diretamente outra Terra”, disse o astrofísico da Nasa, Mario Perez, em comunicado. (Fonte:Veja)
Kepler - Para encontrar os planetas, o telescópio espacial volta suas lentes para as estrelas da Via Láctea, buscando por um fenômeno chamado trânsito. Como os próprios planetas não possuem brilho, cada vez que o instrumento capta uma diminuição da luminosidade da estrela, significa que algum objeto está passando na frente dela. Assim, ao captar uma sombra na luz da estrela, Kepler identifica um possível planeta. Estudos feitos com dados de Kepler indicam duas populações bem distintas de planetas localizados fora do sistema solar, uma de astros rochosos com o tamanho da Terra e outra de gasosos menores que Netuno (Netuno tem quatro vezes o diâmetro da Terra e 17 vezes mais massa). Além disso, aproximadamente metade dos planetas identificados ou não tem superfície ou ela está sob uma atmosfera muito densa, o que tornaria improvável a presença de vida. “O conjunto de dados obtidos por Kepler é único, pois só ele traz uma população de planetas análogos à Terra — planetas com aproximadamente o mesmo tamanho e órbita da Terra. Compreender a frequência desses astros na galáxia irá ajudar a orientar futuras missões da Nasa para encontrar diretamente outra Terra”, disse o astrofísico da Nasa, Mario Perez, em comunicado. (Fonte:Veja)