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sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Sonda da NASA detecta pela 1ª vez imagens nítidas de nanojatos em coroa solar (VÍDEO)

 



Uma equipe internacional de cientistas, liderada pelas Universidades de Northumbria e St. Andrews, em cooperação com a NASA, descobriu novo tipo de atividade dentro da atmosfera do Sol que poderia explicar como o astro atinge temperaturas de mais de um milhão de graus.

A coroa solar é a parte mais externa da atmosfera do Sol, sendo centenas de vezes mais quente do que a superfície da estrela – um mistério que tem desconcertado astrônomos e físicos por décadas.

O novo estudo, publicado na revista Nature Astronomy, encontrou pela primeira vez provas diretas de que a reconexão de linhas de campo magnético dentro da coroa resulta em rajadas de energia, que podem explicar a alta temperatura.

A superfície do Sol é coberta por campos magnéticos repletos de partículas carregadas que formam características marcantes, como laços coronais. Estes laços conectam-se à superfície dinâmica do Sol, mantendo as linhas magnéticas constantemente carregadas de energia.

Às vezes, as linhas do campo magnético ficam emaranhadas e "entrelaçadas", mas depois separam-se e voltam a encaixar-se em linhas alisadas em um processo conhecido como reconexão. Quando isso acontece, ocorre uma súbita nanoexplosão de energia.

Os pesquisadores perceberam que o processo é acompanhado por gás aquecido, que se move muito rapidamente entre as duas linhas, ocasionando a criação de nanojatos.

A equipe internacional de cientistas conseguiu pela primeira vez detectar nanojatos ao lado de nanoexplosões durante um evento de aquecimento da coroa, identificando diretamente a reconexão magnética como mecanismo de aquecimento.

Os cientístas utilizaram dados e imagens de alta resolução da sonda IRIS necessárias para provar a teoria. Graças às imagens, os pesquisadores identificaram e analisaram uma tempestade de nanojatos rastreando o impacto na temperatura da coroa.

Misterioso fenômeno da sombra do buraco negro M87 surpreende astrônomos

 



Pesquisadores estabeleceram que a sombra do buraco negro M87 se altera periodicamente.

Os resultados da pesquisa foram publicados pela Astrophysical Journal. Em 2017, o telescópio Event Horizon (EHT, na sigla em inglês) obteve o primeiro registro na história da Astronomia de um buraco negro, o Messier 87 (M87).



Imagem do buraco negro no centro da galáxia M87, captada pelo projeto Event Horizon Telescope (Telescópio de Horizonte de Eventos)

teoria da relatividade geral estipula que objetos espaciais como os buracos negros deformam a estrutura do tempo ao seu redor a ponto de começarem a cintilar.

À medida que este fenômeno ocorre, segundo a teoria, é criada uma sombra assimétrica. A imagem de 2017 confirmou completamente a teoria, sendo possível observar o brilho variável causado pela sombra do M87.

Os pesquisadores envolvidos utilizaram dados coletados entre 2009 e 2013 pelo telescópio para estudar como a sombra se comportou.

A partir do estudo, foi possível identificar que a sombra do buraco negro já existia anteriormente. Sua posição e tamanho desde 2009 não mudaram, mas, no mesmo período, algumas vezes a distribuição azimutal do brilho foi alterada. Se revelou que o setor escuro da sombra está mudando constantemente.

"A análise dos dados demonstra que a orientação e estrutura fina do anel muda com o tempo. [...] O estudo desta região possui importância decisiva para a melhor compreensão de como os buracos negros se fundem com a matéria, assim como lançam jatos relativísticos", afirmou um dos autores do estudo, Thomas Kirchbaum.

Os pesquisadores explicam que a cintilação é produzida quando o gás que cai no buraco negro é aquecido a bilhões de graus Celcius, enquanto se ioniza e se torna turbulento na presença de campos magnéticos.

Devido ao fluxo de matéria turbulenta, a cintilação do anel do buraco negro oscila periodicamente.

Contudo, para que esta hipótese seja comprovada, ainda são necessárias mais investigações. "O monitoramento no tempo da estrutura do M87 com ajuda do EHT é uma missão que vai nos manter na expectativa pelos próximos anos", comentou o pesquisador Anton Zensus, fundador do Conselho de Cooperação com o EHT.

Os astrônomos esperam que, no futuro, novos telescópios possam permitir obter imagens com mais detalhe do buraco negro M87.

Sonificação do Universo: NASA 'traduz' imagens de telescópios da Via Láctea para sons (VÍDEO)

 



Apesar de o centro da Via Láctea estar distante demais para o ser humano alcançá-lo, é possível explorá-lo.

Telescópios nos dão a chance de ver como se parece a Via Láctea em vários tipos de luz.

Traduzindo os dados digitais (na forma de zeros e uns) capturados pelas imagens telescópicas, astrônomos são capazes de criar representações visuais de algo que seria invisível para a humanidade. Contudo, e se pudéssemos experimentar com outros sentidos tais representações?

A sonificação, tradução dos dados para sons, faz parte de um projeto da NASA para trazer os sons cósmicos até nós, conforme publicou a agência.

A tradução começa no lado esquerdo da imagem, movendo-se para a direita, com sons diferentes representando a localização e brilho das suas fontes.

Quanto maior for a intensidade do brilho dos corpos, mais agudo será o seu registro sonoro. Assim, bem no centro da galáxia, onde se situa o buraco negro Sagittarius A*, é onde o gás e a poeira cósmicas são mais brilhantes, e logo, onde o som alcançará o seu registro mais agudo.

Os mais curiosos podem ouvir estes sons, obtidos de 400 anos-luz de distância, como "solos" dos telescópios do Observatório Chandra de Raios X, Hubble e Spitzer, ou então em uníssono em que cada telescópio toca um instrumento diferente. Cada um destes telescópios nos revela os diferentes fenômenos que ocorrem no espaço a mais de 26 mil anos-luz da Terra.

Sons e ruídos têm um papel fundamental em nos ajudar a perceber como funciona o mundo e o cosmo ao nosso redor.

Sonda espacial descobre fragmentos de meteoritos na superfície do asteroide Bennu (FOTO)

 



De acordo com as observações da sonda OSIRIS-REx da NASA, alguns destroços do asteroide Vesta vieram parar no asteroide Bennu.

Os resultados lançam uma nova luz sobre a complexa dança orbital dos asteroides e sobre a origem violenta de Bennu, que é denominado de "pilha de escombros" por se ter aglutinado a partir dos fragmentos de uma colisão maciça.

"Encontramos seis rochas que têm entre 1,5 e 4,3 metros de tamanho no hemisfério sul e perto do equador de Bennu", disse Daniella DellaGiustina, do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona em Tucson. "Estas pedras são muito mais brilhantes que o resto de Bennu e correspondem ao material de Vesta", acrescentou.




© FOTO / NASA / GODDARD / UNIVERSIDADE DO ARIZONA
Fragmentos do asteroide Vesta na superfície do asteroide Bennu
"Nossa hipótese principal é que Bennu herdou este material de seu asteroide 'parente' após um vestóide (um fragmento de Vesta) ter atingido o 'parente'. Depois, quando o asteroide ancestral foi destruído de maneira catastrófica, uma parte de seus destroços se acumulou em Bennu sob sua própria gravidade, incluindo alguns dos piroxênios de Vesta", comentou Hannah Kaplan do Centro de Voos Espaciais Goddard.

O espectrômetro da espaçonave OSIRIS-REx separa a luz por cores suas componentes. Uma vez que os elementos e compostos têm padrões de assinatura distintos de brilho e escuro em uma variedade de cores, eles podem ser identificados usando um espectrômetro, revela portal SciTechDaily.

Uma característica das rochas era o mineral piroxênio, semelhante ao que é visto em Vesta e em vestóides, asteroides menores que são fragmentos separados de Vesta quando este recebeu fortes impactos de asteroides.

As mais vistas da semana

Sarcófago de 'supervisor dos tronos' é desenterrado no Egito (FOTO)

 



Um sarcófago de pedra calcária e várias estatuetas funerárias ushebti foram descobertas na cidade egípcia de Minya, por uma missão arqueológica do país, liderada por Mostafa al-Waziry, o secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito.

Os artefatos foram encontrados no sítio arqueológico de Gharaifa em Tuna al-Jabal, informou nesta segunda-feira (21) o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito.

Waziry disse que o sarcófago de pedra calcária foi retirado de cinco metros de profundidade com várias estatuetas de faiança de ushebti – termo que designa estatueta funerária egípcia que tem como objetivo substituir o falecido na execução dos seus afazeres depois da morte.

O sarcófago é decorado com cenas que retratam os quatro filhos de Hórus (deus dos céus e dos seres vivos) e se encontra em boas condições, acrescentou, relata Egypt Independent.

De acordo com Waziry, após exames preliminares, descobriu-se que no sarcófago está uma pessoa chamada Jahouti Umm Hoteb da 26ª dinastia, que ocupava o cargo de supervisor dos tronos.

Hoteb era filho de Harsa Ist cujo sarcófago foi descoberto na primeira temporada de escavações em 2018.

'Planeta de cores': sonda captura imagens extremamente coloridas de ciclones em Júpiter (FOTO)

 


As mais recentes imagens da sonda espacial Juno, da agência espacial norte-americana NASA, mostram tempestades próximas ao polo norte do maior planeta do Sistema Solar.

Um enorme e persistente ciclone no polo norte de Júpiter foi observada pela sonda espacial Juno. O grande ciclone é cercado por outros menores que variam em tamanho de quatro mil quilômetros a 4.600 quilômetros. Esse padrão de tempestade cobre, somado, uma área que faz a Terra parecer minúscula.




Lindos ciclones no polo norte de Júpiter. Gerald Eichstadt, um cientista cidadão do nosso projeto JunoCam, criou isso usando dados de quatro voos da espaçonave Juno em Júpiter e combinando imagens individuais.

​Gerald Eichstadt criou a essa imagem composta usando dados obtidos pela câmera JunoCam durante quatro passagens próximas da espaçonave por Júpiter, ocorridas entre 17 de fevereiro e 25 de julho deste ano.

As cores vibrantes destacam diferentes características da atmosfera de Júpiter e são o resultado da combinação de muitas imagens individuais para criar essa visualização.

"Ciclones no polo norte de Júpiter aparecem como redemoinhos de cores marcantes nesta reprodução de cores extremamente falsas de uma imagem da missão Juno da NASA", diz o comunicado da agência espacial.

Júpiter e Juno

Lançada em 2011, a sonda Juno alcançou o gigante gasoso em 2016 e entrou em uma órbita polar. A espaçonave foi projetada para medir os campos gravitacional e magnético de Júpiter, enquanto captura imagens incríveis do topo das nuvens do planeta.





Juno revela uma topografia complexa no topo das nuvens de Júpiter

Juno foi a primeira missão a obter uma visão clara das regiões polares de Júpiter, o que permitiu os astrônomos mapear ambos os polos do maior planeta do Sistema Solar em grande detalhe.

"Esses ciclones são novos fenômenos climáticos que não foram vistos ou previstos antes […]. Estamos começando a entender por observações e simulações de computador. Os futuros voos da Juno nos ajudarão a refinar ainda mais nossa compreensão, revelando como os ciclones evoluem com o tempo", afirma ao tabloide Express Cheng Li, cientista da missão Juno da Universidade da Califórnia em Berkeley, EUA.

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