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terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Astrofísica: Sonda tenta desvendar mistério de minilua embutida em anel de Saturno


NASA/JPL-CALTECH/SSI

Legenda da foto,

Ao ser identificada, Peggy era uma mancha comprida e brilhante na borda do anel A de Saturno


A poucos meses de fim de missão espacial, é a última chance de pesquisadores conseguirem fotografar Peggy, um objeto que fica próximo ao planeta.


Será que Peggy finalmente irá aparecer para o mundo? Cientistas que estudam o esplendor dos anéis de Saturno esperam ter em breve uma foto de um objeto que eles sabem estar ali, mas não conseguem vê-lo. A minilua, chamada de Peggy em homenagem à sogra do pesquisador londrino Carl Murray, foi descoberta em 2013. Os efeitos sobre partículas de gelo e poeira ao redor dela foram observados desde então. No entanto, nenhuma imagem que mostre a forma de Peggy chegou a ser obtida, e agora há pouco tempo para fazê-lo. A missão da espaçonave Cassini, enviada pela Nasa a Saturno - como parte de uma missão conjunta da Nasa, da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial Italiana - está chegando ao fim. Em setembro, a sonda será destruída na atmosfera do enorme planeta e o então constante fluxo de fotos e dados dos últimos 13 anos terá um fim abrupto. Carl Murray e sua equipe da Universidade de Queen Mary, em Londres, sabem que eles têm apenas alguns meses para conseguir uma imagem definitiva de Peggy. Felizmente, a nave Cassini passará o tempo que lhe resta sobrevoando próxima ao planeta e ao local da minilua no chamado "anel A". É a melhor chance de finalmente ver como é Peggy. Pela curiosidade em torno do "pequeno" objeto, é provável que a sonda seja ordenada a tirar uma última foto pouco antes da grande explosão. "Peggy é um objeto tão interessante para pessoas que trabalham na missão e até para o público - ela capturou sua imaginação. É como uma velha amiga para nós, como quando antes de se despedir você quer tirar uma foto. Peggy será uma das últimas missões de Cassini", disse Murray à BBC.



NASA/JPL-CALTECH/SSI
Legenda da foto,
Teoria sugere que algumas luas maiores de Saturno podem até ter sido criadas nos anéis

O estudo de objetos como Peggy está no âmago dos objetivos da multibilionária missão espacial internacional. A larga área de gelo e poeira que cerca Saturno é uma versão em miniatura do tipo de discos observados em torno de estrelas distantes. É precisamente nesses discos onde os planetas são formados, então observar os processos e comportamentos que dão origem a objetos como Peggy pode ajudar a entender como novos mundos passam a existir. É um modelo até para entender como o nosso Sistema Solar foi criado. "Peggy está evoluindo. Sua órbita está mudando com o tempo", explicou Murray. "Às vezes ela se afasta, às vezes ela retorna, uma diferença de apenas alguns quilômetros. E é isso o que achamos que acontece com protoplanetas naqueles discos astrofísicos. Eles interagem com protoplanetas e o material no disco, eles migram, eles se movem. Vemos que quando olhamos exoplanetas em volta de outras estrelas, alguns deles não podem ter sido formados nos locais onde os vemos agora, eles devem ter migrado em algum momento". Peggy foi descoberta por acidente. Murray estava usando Cassini para tentar conseguir uma imagem de Prometeus - uma lua maior e mais visível no anel F.

Ele tirou a foto sem problemas, mas seu olhar foi fisgado por uma mancha de 2 mil km de comprimento ao fundo. Isso ocorreu em 15 de abril de 2013, no dia do aniversário de sua sogra. E o subsequente rastreamento pelos arquivos de Cassini mostraram que a alteração no anel A já era evidente um ano antes. Peggy certamente não mede mais de 5 km de uma extremidade a outra. Acredita-se que a mancha foi criada após uma colisão que levantou uma nuvem de gelo e poeira. Observações posteriores monitoraram a alteração em andamento. Se miniluas são grandes o suficiente, elas podem preencher um vão nos anéis de Saturno. Mas objetos minúsculos como Peggy provocam um impacto pequeno na faixa de partículas ao redor, ou uma espécie de ondulação em formato de hélice. Até agora, isso é o que Cassini pôde obter do pequeno alvo, mesmo com o aproveitamento da melhor resolução possível da câmera de bordo, de cerca de 5 km por pixel. Mas nos próximos meses, as órbitas que a espaçonave dará em volta de Saturno devem alterar a resolução para um ou dois km por pixel. Isso pode ser o bastante para tirar uma foto direta de Peggy e confirmar uma possibilidade intrigante: a de que Peggy recentemente virou dois objetos diferentes. "Quando Cassini saiu da órbita de seu anel no começo de 2016, fomos olhar o local onde Peggy deveria estar - e lá estava ela -, desde então estamos seguindo-a de perto. Mas pouco tempo atrás conseguimos ver também outro objeto, ainda mais apagado no sentido de que tinha um padrão de alteração menor. E quando rastreamos de volta o caminho dos dois objetos, percebemos que em 2015 eles poderiam ter se encontrado". "Então provavelmente Peggy B, como a chamamos, saiu de um tipo de colisão que fez Peggy mudar sua órbita, mas, mais do que um simples encontro que alterou um pouco sua órbita, isso era bem mais sério". Na recente reunião de outono da União Americana de Geofísica, Murray trouxe novidades sobre Peggy. Nessa conferência, Linda Spilker, cientista-chefe da missão Cassini, falou sobre o fim das atividades da sonda, culminando em seu descarte em 15 de setembro. Ela disse que as mesmas manobras de aproximação que podem trazer as fotos que Carl Murray tanto almeja também podem ajudar a determinar uma característica chave dos anéis de Saturno - sua massa. "A massa dos anéis é 100% incerta", disse Spilker à BBC. "Se eles forem mais sólidos, talvez sejam mais velhos, tão velhos quanto Saturno. Se forem menos sólidos, talvez eles sejam realmente jovens, talvez tenham apenas meros 100 milhões de anos de idade". A idade é importante para a ideia de que anéis, ou discos, são o meio onde os objetos são formados. Algumas das luas de Saturno, até mesmo várias das grandes, provavelmente surgiram da acumulação do material ao redor delas e reproduziram, nas primeiras fases de crescimento, o tipo de comportamento agora observado em Peggy. Mas a criação de luas leva tempo e se os maiores satélites de Saturno surgiram a partir do mesmo processo, o sistema do anel deve ser de fato muito antigo.




NASA/JPL-CALTECH/SSI
Legenda da foto,
A influência gravitacional de objetos nos aneis podem produzir elementos propulsores

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

VLT registra FOTO de anel estelar de 5 mil anos-luz de largura em galáxia a 45 milhões de anos-luz

 


NGC 1097 é uma galáxia espiral barrada relativamente brilhante quando vista de frente e se encontra na constelação de Fornax.

Usando o telescópio VLT, operado no Chile pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), astrônomos conseguiram fazer imagens de um anel estelar de cinco mil anos-luz de largura no centro da galáxia espiral barrada NGC 1097. Na imagem abaixo, de acordo com o ESO, a luz brilhante é onde o buraco negro estaria se as estrelas não estivessem obscurecendo a visão.

Nossa foto da semana mais recente revela uma roseta de formação estelar situada na distante galáxia espiral NGC 1097, um exemplo clássico de um anel nuclear em explosão estelar.

NGC 1097 se encontra na constelação de Fornax, a uma distância de 45 milhões de anos-luz. Também conhecida como Apg 77, ESO 416-20, LEDA 10488 e UGCA 41, NGC 1097 é uma galáxia espiral barrada relativamente brilhante quando vista de frente, explicam os pesquisadores.

Os cientistas explicam que, na imagem, "as linhas mais escuras […] mostram poeira, gás e detritos da galáxia […], que estão sendo canalizados para o buraco negro supermassivo em seu centro […]. Este processo aquece a matéria circundante formando um disco de acreção em torno do buraco negro e lançando grandes quantidades de energia na área circundante". Os astrônomos do ESO foram citados pelo portal Sci-News.

A galáxia hospeda um buraco negro aproximadamente 140 milhões de vezes mais massivo que o nosso Sol. O anel distinto ao redor do buraco negro está explodindo com a formação de novas estrelas.

"A poeira próxima é aquecida e a formação de estrelas acelera na área ao redor do buraco negro supermassivo, formando o anel nuclear de explosão estelar mostrado em tons de rosa e roxo na imagem", afirmam os cientistas.

NGC 1097 foi descoberta pelo astrônomo alemão-britânico William Herschel em 9 de outubro de 1790.


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domingo, 22 de novembro de 2020

Enigma da nebulosa do Anel Azul que brilha em ultravioleto é resolvido por astrofísicos (FOTOS)

 


Descoberta em 2004, a nebulosa do Anel Azul não é mais um enigma, pois o Instituto de Tecnologia da Califórnia, EUA, informou, na quarta-feira (18), que astrônomos conseguiram explicar sua estrutura e processo de formação.

Os especialistas concluem, em um estudo publicado na revista científica Nature, que a nebulosa em questão é o produto da fusão de duas estrelas, uma das quais tinha aproximadamente o mesmo tamanho do Sol em seu estado original, enquanto a outra era um pouco menor. As duas eram um sistema binário muito estreito, até terem colidido há vários milhares de anos. Por fim, a estrela com maior massa "consumiu" sua companheira, mas grande parte de sua matéria se propagou pelo espaço em duas direções opostas.

O aparente anel resultante é, na verdade, uma projeção de dois cones formados pelos restos fluorescentes de ambas as estrelas. Infelizmente, não é possível observar e apreciar tal estrutura cônica da Terra.

Dentro dessa figura cônica, existem vestígios do antigo sistema binário, uma estrela designada nos catálogos como TYC 2597-735-1. Seu excesso de emissão infravermelha e velocidade radial variável podem ser indícios de um disco circunstelar de poeira, de acordo com o estudo. Enquanto isso, o "brilho" azul não é nada mais que um efeito óptico, uma vez que a nebulosa não emite luz visível ao olho humano, mas sim ultravioleta.



© FOTO / MARK SEIBERT
Imagem ilustrativa da projeção de luz ultravioleta da nebulosa "Anel Azul". Na imagem lê-se "vista de lado" e "vista da Terra", respetivamente
Segundo os astrofísicos, a maioria das estrelas em nossa galáxia, a Via Láctea, faz parte de sistemas binários. Se as estrelas de um sistema binário estiverem próximas o suficiente, elas também podem acabar se fundindo e produzindo nebulosas. Conforme a estrela menor se aproxima da sua companheira maior e perde sua energia orbital, a primeira pode explodir e ejetar seu material, revela o estudo.

"As observações espectroscópicas foram fundamentais para nos permitir entender melhor este objeto, a partir delas vemos que a estrela central está inflada e percebemos sinais de acreção, provavelmente de um disco de detritos ao [seu] redor", explicou o astrofísico Gudmundur Stefansson, da Universidade de Princeton, EUA.

Há outra estrela em nossa galáxia, Mira, que também brilha em luz ultravioleta, e que ajudou a equipe de astrofísicos a entender o Anel Azul.

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terça-feira, 26 de maio de 2020

#astrofísica: Antigo 'anel de fogo' gigante é descoberto a bilhões de anos-luz do Sistema Solar (VÍDEO, FOTO)



Uma antiga galáxia em forma de "anel de fogo", formada após colisão entre duas galáxias, foi encontrada a 11 bilhões de anos-luz do Sistema Solar, tendo aproximadamente a mesma massa que a Via Láctea.

Uma equipe de astrônomos utilizou os dados espectroscópicos obtidos pelo Observatório WM Keck no Havaí e imagens gravadas pelo telescópio espacial Hubble da NASA para identificar a estrutura incomum de um tipo de galáxia extremamente raro, descrito como "anel de fogo cósmico".
A chamada R5519 está localizada a 11 bilhões de anos-luz do Sistema Solar e foi formada após uma colisão violenta e catastrófica entre duas galáxias. Além disso, a R5519 tem aproximadamente a mesma massa que a Via Láctea.
A descoberta foi anunciada pela revista Nature Astronomy e pode revolucionar as teorias sobre a formação inicial das estruturas galácticas e como evoluíram, segundo os autores do estudo.
A galáxia é circular, com um buraco massivo em seu centro, sendo quase dois milhões de vezes maior que a distância entre a Terra e o Sol.
"Ela está criando estrelas a um ritmo 50 vezes maior que a Via Láctea [...] A maior parte desta atividade ocorre em seu anel, que realmente é um anel de fogo", afirmou Tiantian Yuan, pesquisador principal do Centro de Excelência ARC da Austrália para Astrofísica do Céu em 3 Dimensões (ASTRO 3D).
Os cientistas acreditam que as chamadas "galáxias em anel de colisão", como a recém-descoberta, começaram a se formar entre quatro e seis bilhões de anos depois do Big Bang, que ocorreu há aproximadamente 13,8 bilhões de anos.

Representação artística da galáxia em anel R5519
Uma vez que, pelas teorias atuais, distância equivale a tempo, isso significa que a imagem mostra como a galáxia era 11 bilhões de anos atrás.
Agora, isso é pouco mais de 3 bilhões após o Big Bang, um período que, segundo os cientistas, não poderia ser suficiente para formar uma galáxia tão incomum.
A maioria das galáxias descobertas que se formaram muito cedo, ou seja, no Universo primitivo, tem a forma de bolhas desordenadas, com estrelas que orbitam em todas as direções.
Desta forma, trata-se da primeira galáxia descoberta deste tipo formada no Universo primitivo.

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sábado, 25 de fevereiro de 2017

De olho no céu! Eclipse solar com 'anel de fogo' será visível no domingo


No Brasil, fenômeno poderá ser visto de forma parcial. Fenômeno ocorre quando a Terra, a Lua e o Sol se alinham.


Parte da América do Sul, do sul da África e alguns navegantes do Atlântico poderão desfrutar no domingo (26) de um espetacular eclipse solar anular, quando um "anel de fogo" rodeará o Sol. Um eclipse solar anular ocorre quando a Terra, a Lua e o Sol se alinham. Mas mesmo quando estão alinhados perfeitamente nesta posição, a Lua está muito longe da Terra para bloquear completamente a visão do Sol, e por isso perto do disco negro do satélite é possível ver um anel de luz do astro. Primeiramente, parecerá como se o Sol tivesse levado uma "mordida", disse Terry Moseley, da Associação Astronômica Irlandesa (IAA). Esta irá se tornando cada vez maior à medida que a Lua - invisível a partir da Terra - avança passando diante do Sol, explicou à AFP. "Quando 90% do Sol estiver tampado, será notada uma queda significativa da temperatura e da luminosidade, e uma mudança na qualidade da luz que é difícil de descrever", acrescentou Moseley. À medida que o dia escurecer, os animais podem iniciar sua rotina noturna, acreditando que o pôr-do-sol se aproxima. No auge do eclipse, a Lua estará no centro do Sol, provocando o aparecimento de um "anel perfeito, bonito, simétrico", antes de sair pelo outro lado, disse Moseley. Para os observadores, do outro lado da faixa de visão ideal será possível ver um anel mais largo de um lado que de outro, mas ainda assim "a imagem será espetacular". O resto do planeta não verá nada ou quase nada.

Ilustração da Nasa mostra as regiões que poderão observar o eclipse (Foto: Nasa)


Observação segura A Lua levará duas horas para cruzar o Sol, mas o eclipse anular durará apenas um minuto. No Brasil, o eclipse poderá ser visto a partir das 10h02 em São Paulo. No Rio de Janeiro, às 10h10. No intervalo entre as 9h e as 12h do domingo, o fenômeno ocorrerá em algum momento em todas as capitais, exceto Rio Branco, Macapá, Manaus, São Luís, Belém, Porto Velho e Boa Vista. Os astrônomos lembram que não é seguro olhar diretamente para o Sol, já que há risco de comprometer a visão. O ideal é usar um óculos especial ou buscar por eventos organizados em observatórios espaciais. O outro eclipse solar do ano será no dia 21 de agosto. Com uma duração de 2 minutos e 40 segundos, de acordo com a Nasa, ele deverá ser visto parcialmente na América do Sul - a escuridão total ficará por conta dos moradores dos Estados Unidos.


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