Novas pesquisas chegaram perto de desvendar o segredo em torno da existência de buracos negros intermediários, ou seja, entre a massa estelar e as classes supermassivas.
Estes objetos são chamados de sistemas estelares hipercompactos (HCSS, na sigla em inglês) e são um buraco negro supermassivo preso por diversas estrelas gravitacionalmente ligadas, arremessadas através do espaço, segundo a Science Alert.
De acordo com simulações, centenas de buracos negros errantes já podem estar se aproximando de uma galáxia como a Via Láctea.
Sistemas estelares hipercompactos são notados como evidência convincente do recuo das ondas gravitacionais, sendo um grande avanço descobri-los.
Uma equipe de astrônomos do Instituto de Pesquisa Espacial SRON dos Países Baixos e da Universidade Radboud decidiu analisar os dados existentes para verificar se os sistemas HCSS poderiam ter sido ampliados durante pesquisas anteriores com o telescópio Gaia e o Sloan Digial Sky.
Para facilitar o processo, astrônomos simularam estes aglomerados, oferecendo previsões detalhadas de cores, aparência e espectros, e mostrando como eles surgiram nos dados de nove diferentes pesquisas.
Além disso, a pesquisa sugere como os aglomerados estelares hipercompactos poderiam surgir em uma imagem bidimensional do telescópio.
Astrônomos sugerem que dois núcleos galácticos poderiam se fundir em um buraco negro maior em um processo que faria as ondas gravitacionais ondularem no espaço-tempo.
Entretanto, caso uma função galáctica exiba assimetria, o buraco negro recém-formado pode ser enviado pelo Universo através do recuo das ondas gravitacionais, podendo levar algumas estrelas para um passeio.
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Sabe-se que buracos negros de massa estelar podem se fundir, algo que foi detectado em todo o Universo.
Nos tempos da juventude da Via Láctea, sugere-se que seu buraco negro central era menor, e uma fusão com uma galáxia anã contendo buraco negro central menor poderia resultar em fusões em menor escala.
Este processo produziria um buraco negro intermediário, entre a massa estelar e as classes supermassivas. Podendo ter entre 100 e dez mil vezes a massa do Sol e ser cercado por um lote de estrelas, poderia se tratar de um pequeno HCSS.
Com o resultado das simulações, cientistas seguiram o caminho de outras equipes de astrônomos que podem perseguir estes "elos perdidos".
"A existência de buracos negros de massa intermediária é debatida. Se realmente encontrarmos aglomerados estelares hipercompactos, mostraremos ao mesmo tempo a existência de buracos negros de massa intermediária. Podemos então, conformar isso medindo a massa dos buracos negros através de observações espectroscópicas do aglomerado estelar hipercompacto", afirmou um dos autores do estudo, o astrônomo Davide Lena, do Instituto dos Países Baixos de Pesquisas Especiais da SRON.
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