Um equipe de astrofísicos da Universidade de Cambridge descobriu que a atmosfera dos exoplanetas possui menos água do que se imaginava.
Os resultados do estudo, publicado na revista Astrophysical Journal Letters, podem ter repercussão na busca de água no Sistema Solar e mais além no espaço.
Os pesquisadores britânicos analisaram informações atmosféricas de 19 exoplanetas com o objetivo de obter dados detalhados sobre suas propriedades químicas e térmicas. Entre os objetos espaciais estavam os chamados mini-Netunos, com cerca de 10 vezes mais massa que a Terra e os super-Júpiter, que são 600 vezes mais pesados que nosso planeta.
© FOTO / NASA/JPL/SISTEMAS DE CIÊNCIA ESPACIAL MALIN
L 98-59b, o menor exoplaneta já descoberto pelo satélite TESS da NASA
Apesar de o vapor d’água estar presente na atmosfera de muitos exoplanetas, seus volumes são menores do que se esperava, embora a consistência de outros elementos tenha coincidido com as expectativas.
Hoje, o elemento químico mais abundante é o oxigênio, depois do hidrogênio e do hélio, o que significa que haverá abundância de água, considerada como o principal portador de oxigênio.
Foi descoberto que 14 dos 19 exoplanetas possuem o líquido azul em abundância, entretanto, apenas seis corpos espaciais contam com reservas suficientes de sódio e potássio.
"Medir a abundância destes elementos químicos na atmosfera dos exoplanetas é algo extraordinário, levando em conta que nem sempre podemos fazer o mesmo com os planetas gigantes de nosso Sistema Solar, incluindo Júpiter", explicou Luis Welbanks do Instituto de Astronomia, e autor do estudo.
Estas informações podem ajudar e compreender como estes exoplanetas poderiam ter sido formados sem a quantidade necessária de gelo. Além disso, mostram que não é possível pensar que os diferentes elementos químicos são igualmente abundantes nas atmosferas planetárias.
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