A decisão de entrarem em greve foi tomada no dia 26 de abril, na assembleia realizada na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Queimadas (SINSPMUQ). Eles reivindicam o comprimento do acordo firmado com a Prefeitura do pagamento do aumento salarial de 10% da Campanha Salarial de 2010 e 2011 e o Plano de Cargos e Salários dos Servidores públicos do município. Segundo a presidente da instituição, Polyana Maria dos Reis Araújo, a decisão da classe em entrarem em greve foi comunicada ao prefeito Paulo Sérgio Brandão, Ministério Público, Câmara de Vereadores e ao Juiz da Comarca.
Acompanhado de representantes da CUT, da Federação dos Trabalhadores Municipais do Estado da Bahia (FETRAMEB), SINDIMINAS, e dos diretores do SINSPMUQ, Eduardo Santana Costa, vice-presidente Eduardo Santana Costa e Eloysa Barbosa, diretora de saúde, Polyana informou ao CN que a greve é geral, com exceção dos professores. “Garis, guardas, eletricistas, pedreiros, funcionários das máquinas, motoristas, estão todos em greve”, afirmou.
Na avaliação da sindicalista, o primeiro dia da greve foi coberta de êxito e trabalharam apenas 30% dos funcionários ligados à saúde, nos serviços de emergência e urgência e os guardas que são lotados na cadeia pública e nos postos de saúde.
Ela disse também que o acordo do aumento salarial de 10% da campanha salarial de 2010, acoplado com a campanha salarial de 2011, foi firmado com ex-prefeito Edvaldo Cayres (PP) em uma assembleia realizada em 01 de maio de 2010, que não chegou a cumpri, pois foi afastado do cargo, tendo assumido a gestão Paulo Sérgio Brandão (Sem partido). “Este reajuste seria colocado em prática em agosto, porém Edvaldo foi afastado e o atual prefeito pediu um prazo até dezembro de 2010 e até o momento não cumpriu”, disse Polyana.
Sobre o plano de cargos e salários, Polyana falou que há dez meses encontra-se nas mãos do prefeito para ser analisado.
Entrevista a Rádio Comunitária Queimadas FM – Em entrevista ao programa Jornal Queimadense veiculado na Rádio Queimadas FM, Polyana disse que o prefeito Paulo Sérgio Brandão nunca chamou o SINSPMUQ para negociar, ou seja, não teve nenhuma reunião com o prefeito para tratar do assunto. “ A greve não é política, não sou filiada a nenhum partido, pois me afastei do PTB e tem como bandeira de luta as causas dos funcionários municipais”, concluiu.
Greve política – Para o prefeito, a greve é política e não tem qualquer cabimento, pois a Presidente do Sindicato está agindo por motivação partidária, pois faz parte do grupo do ex-gestor, Edvaldo Cayres, afastado do cargo pela Justiça Eleitoral há um ano, acusado de compra de votos. “Durante a administração do ex-prefeito, do qual a presidente Polyana é ligada, não houve greve, nem qualquer paralisação e os salários dos servidores municipais estavam mais defasados do que agora”, disse Serginho.
Serginho alega que não pode dar o aumento pleiteado pela categoria por impedimento da lei de responsabilidade fiscal, já que vem comprometendo mais de 70% da sua receita mensal com o pagamento da folha. “Assim, a greve não poderá ter o final desejado pela categoria, já que mesmo que quisesse, eu não poderia conceder reajuste salarial, porque estaria infringindo a lei”, declarou.
Ao CN, o prefeito sugeriu que fosse escolhida uma comissão imparcial, representando os servidores municipais, para que eles tomem conhecimento dos fatos e possam analisar os documentos contábeis.
Por: Valdemí de Assis / fotos: Raimundo Mascarenhas
Nenhum comentário:
Postar um comentário