Na antiguidade, os astrologos, dividiram o circulo zodiacal em 30 graus. Para os astrologos esta faixa de 30 graus era um Signo e cada divisão de 30 graus recebeu o nome da constelação mais significativa daquela região do céu. Os Signos são em numero de 12 com 30º. Graus cada que, somandos, perfazem um total de 360 graus, o mesmo espaço percorrido pelo Sol e que constitui o circulo zodiacal completo.
Das 89 constelações observáveis na aboada celeste e vista do Planeta Terra, somente doze delas são tocadas de forma significativa pelo nosso Sol em seu caminho aparente em volta da Terra. Esse caminho forma um circulo que é chamado pelos astrônomos e astrólogos de círculo zodiacal.
Astronomicamente as constelações representam a visão que se tem do espaço celeste desenhada sobre a “abobada celeste” (um grande globo estelar imaginário em volta da Terra) a partir de um determinado ponto de observação do Planeta Terra. Em outro local de observação, como a Lua ou Marte o mesmo desenho não poderia ser aplicado às constelações.
Em 1922 foi criada a União Astronômica Internacional (UAI), que deve durante sua assembléia geral em 1925, em Cambridge, um grupo de trabalho que delimitou as constelações e propos a criação de regiões na esfera celeste dividida em 89 regiões ou constelações. Cada região recebeu o nome da principal constelação nela predominante e todas elas passaram a ser consideradas zodiacais.
Ophiuchus era associado na mitologia Grega ao Deus Esculápio (ou Asclépius), deus da Cura é associado a uma serpente em volta de um bastão como símbolo da medicina; daí a confusão com o caduceu de Hermes, associado a Mercúrio. Ophiuchus parece ter se incorporado ao signo de Escorpião (de fato existem muitos psiquiatras neste signo, ou seja médicos do subconsciente e Marte, o antigo regente de Escorpião é associado aos cirurgiões).
De fato o Sol passa na constelação de Ophiuchus, mas sua passagem é insignificante, pois para ser considerado um Signo, deveria ter 30º. Graus, mas aí o circulo zodiacal teria 390º em vez dos 360º.Não só se mudaria a astrologia mas também a matemática! O ano tem 365 dias e ¼ .; por isso existem cartas celestes com limites irregulares.
Na organização do céu feita pela UAI, todas as 13 constelações ocupam espaços diferentes ao longo da linha da eclíptica, o que está correto e que serve para o estudo da Astronomia. Foi desta forma que o zodíaco ou faixa acabou por ser premiado com 13 regiões ou constelações. A divisão do zodíaco em 12 signos de 30º. (trinta graus cada) confrome a tradição dos povos antigos, está correto e serve para o estudo da Astrologia.
A divisão do zodíaco em doze signos, para efeito da astrologia, segue a antiga tradição e não levam em consideração as mudanças estabelecidas pela UAI, pois a divisão do zodíaco em signos também não apresenta nenhum interesse prático para a astronomia. Não são as constelações que influenciam os seres aqui na Terra, são as energias cósmicas que tem nos signos suas referencias.
Para ser considerada zodiacal a constelação deve ser atravessada pela linha da eclíptica, ou seja, o sol deve cruzá-la ao longo do ano. Acontece que depois de passar por Escorpião, o sol cruza Ofiúco de 30 de novembro a 17 de dezembro, antes de entrar em Sagitário, sua passagem por Ofiúco não é considerada pela astrologia.
O surgimento de Ofiúco como região zodiacal em nada muda pesquisas e estudos milenares da astrológia. Recentemente astrônomos de Minnesota, nos EUA, afirmaram que a precessão dos equinócios teria mudado o alinhamento das estrelas e, consequentemente, os signos do zodíaco. Mas as primeiras se movem na esfera celeste e podem mudar de lugar, mas os signos são fixos. Os signos, para a Astrologia, são geométricos (a Geometria também era uma ciência sagrada, a qual todo iniciado deveria possuir). Como algumas constelações celestes levam o mesmo nome dos signos astrológicos, muita gente confunde e acha que signos e constelações são a mesma coisa.
Os signos da Astrologia são trópicais e não constelacionais. Voce não é um Leonino ou Virginiano porque o Sol passava na constelaçao de Leão ou Virgem no momento de seu nascimento, e sim porque o Sol transitava pela zona geométrica que, para a Astrologia, corresponde ao signo de Leão ou Virgem. Na verdade nada muda nos conceitos astrológicos, trabalhamos muito mais por simbologia do que propriamente pelos movimentos do cosmo.
Carlinhos Lima - Astrologo
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