Novo estudo aponta que as variações no campo magnético de uma das luas de Júpiter não estariam relacionadas com a suposta presença de um oceano de magma no seu interior.
Novos estudos indicam que a presença de magma não é necessária para que esse fenômeno ocorra. Embora também não excluam a sua existência, a chave para as mudanças da sua atmosfera estaria na atividade vulcânica.
A pesquisadora Aljona Blocker, da Universidade de Colônia, na Alemanha, explicou que, ao analisar uma "atmosfera mais espessa com assimetrias", descobriu que "não é necessário um campo magnético de um oceano de magma" para explicar as variações, segundo o portal Space.
A lua Io (uma das quatro grandes luas de Júpiter) está incluída na magnetosfera de Júpiter, a maior do Sistema Solar, onde as atmosferas e campos magnéticos dessa lua vulcânica podem interagir com a estrutura maior.
"A Io não teria nenhum campo magnético se fosse retirada da magnetosfera de Júpiter e colocada em um espaço vazio", afirmou Blocker.
© AP PHOTO / NASA VIA AP
Imagem artística mostra nave espacial Juno da NASA voando perto de Júpiter, 19 de outubro de 2016
Além disso, a lua apresenta mais de 150 estruturas vulcânicas conhecidas, tendo sido observadas colunas de poeira e gás em 16 pontos vulcânicos que chegaram a uma altitude de aproximadamente 400 quilômetros, criando uma atmosfera irregular e rica em enxofre.
Após diversas observações, os especialistas afirmaram que a presença de um oceano de magma sob a superfície da lua não explica as variações atmosféricas. Blocker ressalta no entanto que serão necessários outros estudos para confirmar a teoria.
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