Desenho tem profunda conexão com um filme a que autora assistiu - e com uma perda em sua vida pessoal.
É um círculo dentro de um triângulo equilátero, por sua vez dividido por uma linha transversal - ou, sob outra ótica, um círculo partido por dois triângulos isósceles adjacentes. Esse misterioso símbolo está associado ao personagem da professora Pomona Sprout, especialista em herbologia de Harry Potter e as Relíquias da Morte.
JK Rowling, autora da série de livros sobre o menino com poderes mágicos que virou fenômeno literário e cinematográfico, revelou à BBC sua inspiração para criar o símbolo - e como essa criação tem a ver com uma importante perda em sua vida.
A entrevista faz parte de um documentário sobre o 20º aniversário do primeiro livro da série, Harry Potter e a Pedra Filosofal.
Segundo Rowling, tudo começou quando ela se dedicava aos primeiros rascunhos da personagem Sprout.
Certa noite, ela rabiscava enquanto assistia a um filme antigo na TV, O Homem que Queria Ser Rei (1975).
"A simbologia massônica é muito importante nesse filme", explica Rowling.
Ela então fez seu próprio desenho, em um momento bastante delicado.
"A razão pela qual consigo ser incrivelmente precisa quanto a este desenho é que, em algum momento enquanto eu desenhava e assistia ao filme, minha mãe morreu", conta.
Muitos anos depois, viu o filme novamente e ficou "impressionada" com a semelhança entre o símbolo do filme e o que ela desenhara: "Olhei o símbolo de Relíquias da Morte e me dei conta de o quanto se pareciam. Tenho a sensação de que, em um nível subconsciente profundo, estão conectados."
Magia e folclore
As relíquias da morte englobam a capa da invisibilidade, a varinha das varinhas e a pedra da ressurreição. E quem possuísse as três se converteria no Senhor da Morte.
Símbolo massônico do filme de 1975
Foto: BBCBrasilcom
"A série de Potter aborda muito o tema da perda", prossegue Rowling. "Se minha mãe não tivesse morrido, acho que as histórias teriam sido completamente diferentes do que são."
O documentário Harry Potter and the History of Magic ("Harry Potter e a História da Magia", em tradução livre) está sendo acompanhado de uma exposição de mesmo nome na Biblioteca Britânica, em Londres, que traz diversos desenhos e rascunhos originais de Rowling, além de objetos e livros que "capturam a tradição do folclore e da mágica que estão no âmago da série de Harry Potter".
JK Rowling com seu livro
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Como a Lua surgiu?De
acordo com pesquisa, satélite se formou a partir da colisão de dois
objetos: a Terra e um corpo celeste de composição química muito parecida
O choque entre dois planetas de composição muito parecida por explicar a formação do satélite
O choque entre dois planetas de composição muito parecida por explicar a formação do satélite(Hagai Perets/VEJA)
Três estudos publicados nesta quinta-feira na revista Nature
podem ter resolvido o mistério da formação da Lua. Para cientistas
franceses e israelenses, o satélite se formou a partir da colisão de
dois objetos: a Terra e um corpo celeste de composição muito parecida.
Ate hoje, a explicação mais aceita para a formação da Lua, formulada
na década de 1970, é a da "hipótese do grande impacto", segundo a qual o
choque da Terra com um corpo celeste planetário com tamanho semelhante
ao de Marte, chamado Theia, teria desprendido rochas e poeira que se
uniram para formar o satélite.
O ponto nebuloso dessa teoria é o fato de que a composição química da
Terra e de nosso satélite parecem ser idênticas. Para que a teoria se
comprovasse, seria preciso que o objeto que colidiu com a Terra fosse um
"planeta irmão", muito mais parecido com o nosso planeta do que com
qualquer outro do Sistema Solar. A probabilidade de algo assim
acontecer, acreditavam os cientistas, era de apenas 1%.
Com novos cálculos e simulações, os autores das pesquisas publicadas na Nature
investigaram a semelhança entre os planetas do Sistema Solar e os
últimos objetos contra os quais se chocaram. Resultado: em 20% a 30% das
colisões analisadas, o planeta e o objeto de colisão tinham composição
química semelhante. Dessa forma, o estudo conclui que a probabilidade da
"hipótese do grande impacto" ter ocorrido é bem mais elevada.
Para os cientistas, a Terra e a Lua são parecidas por terem se
formado a uma distância parecida em relação ao Sol. "A Terra e a Lua não
são gêmeas nascidas do mesmo planeta, mas irmãs, porque cresceram no
mesmo ambiente", afirma Hagai Perets, astrofísico do Instituto de
Tecnologia de Israel e um dos autores do estudo.