O fragmento é o sexto meteorito encontrado na Holanda (Koen van Weel/ANP/AFP) |
Pesquisadores afirmam que a rocha, descoberta por moradores após ter atravessado o teto de um alpendre, veio de uma região situada entre Marte e Júpiter
Cientistas holandeses anunciaram a descoberta de um meteorito com 4,5 bilhões de anos nesta segunda-feira. Segundo eles, o fragmento rochoso poderia conter indícios preciosos relativos à criação do sistema solar, já que a Terra tem, aproximadamente, a mesma idade do meteorito.
“Ele provavelmente veio de um pequeno planetoide que foi atingido por outro planetoide, explodiu e os fragmentos vieram parar na Terra”, declarou o geólogo Leo Kriegsman, do Centro de Biodiversidade Naturalis de Leiden, em um vídeo publicado no Youtube. O pesquisador estimou que o meteorito provém da região que se estende entre Marte e Júpiter, onde há um grande cinturão de asteroides, com “muitas rochas e pequenos planetas”, que às vezes saem das suas órbitas. Com o tamanho de um punho fechado e cerca de 500 gramas, o meteorito atravessou com grande velocidade (até 20 quilômetros por segundo) o teto de um alpendre na pequena cidade de Broek, ao Norte de Amsterdã, a capital holandesa, em janeiro. “Mas, antes de atingir a atmosfera da Terra, [o meteorito] provavelmente era 10 ou 20 vezes maior do que agora”, afirmou Kriegsman.
Segundo o cientista, foi necessário realizar muitos testes com a rocha, antes que o Centro de Biodiversidade de Leiden revelasse que se trata, realmente, de um meteorito. “Queremos estar 100% seguros da ‘espécie’ do meteorito, e por isso primeiro devemos realizar pesquisas”, explicou.
Queda de meteoritos
Os pesquisadores realizaram buscas intensas, mas não foram encontrados outros fragmentos deste meteorito, descoberto por moradores do local. Segundo o líder da equipe, a cada quatro anos, pelo menos um meteorito cai no país. Ainda assim, as pequenas rochas são muito difíceis de encontrar e apenas seis delas, contando com a mais recente, foram descobertas na Holanda nos últimos 200 anos.
Assista ao vídeo de divulgação feito pelo centro de pesquisa em Leiden (em inglês):
(Com AFP)
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