Subida de preços na última década e fechamento de minas sul-africanas fizeram metais preciosos bater recordes de preços.
O preço do paládio aumentou pelo 15º dia consecutivo, excedendo o preço mais alto de sempre do ouro, relata a agência Bloomberg.
Na quinta-feira (12), o metal branco raro foi negociado por um valor recorde de US$ 1.940,34 (R$ 7.919), o que aumentou os ganhos acumulados para o paládio neste ano para 54%.
O índice de quinta-feira (12) do paládio impulsionou-o para além do valor recorde da onça de ouro, que foi de 1.921,17 dólares em 2011.
Estas mudanças vêm depois que as minas sul-africanas foram fechadas por 24 horas devido à falta de eletricidade. A África do Sul está classificada como o segundo maior produtor mundial de paládio, enquanto a Rússia é atualmente apontada como a líder na produção do metal.
Perspetivas atuais
O analista Daniel Briesemann do Commerzbank sugeriu que agora "nada pode parar o paládio", reportou a Bloomberg.
"Mesmo que consideremos o aumento acentuado do preço como exagerado, não há fim à vista para o crescimento", acrescentou ele.
Briesemann foi ecoado por Jonathan Butler, estrategista de metais preciosos da Mitsubishi, que não descartou a possibilidade de o paládio atingir o limiar de 2.020 dólares a onça antes do final do ano.
"As preocupações com o fornecimento de eletricidade na África do Sul ajudaram o paládio esta semana, juntamente com a demanda física ainda forte", segundo citado pela agência dos EUA.
O metal precioso de cor branca prateada tem desfrutado de uma subida constante do valor ao longo da última década, tendo começado com um mínimo de apenas 235 dólares por onça em novembro de 2008, em contraste com o ouro, prata e platina.
O paládio é usado em dispositivos de controle de poluição, eletrônica, joias, equipamentos de tratamento de águas subterrâneas, aplicações químicas e odontologia.
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