Imole Eshu tinha uma outra função capital que despertou o interesse dos
catequistas das novas religiões, que nela viram a oportunidade otimizada
para a destruição de sua importância entre os Iorubás : a sua função de
Executor Divino.
Como Imole Eshu é o Mensageiro Divino e o Senhor do Carrego Ritual prescrito por Orunmila-Ifá, ele é também o L'Onan / Senhor dos Caminhos, tanto dos benéficos (Ona Rere), quanto dos maléficos (Ona Buruku), que ele abre ou fecha aos mortais conforme verifique se os sacrifícios prescritos aos fiéis foram ou não cumpridos, ajudando aqueles que os cumprem e punindo os que, devidamente avisados, não o fazem.
Por isso, ele é também o Ol'obe / Senhor da Faca, significando ser o Executor dos Sacrifícios, mas também, no sentido ritualístico, "Aquele que tem o poder de vida e morte". à Obe / Faca, Imole Eshu junta ainda a sua Opa / Bolsa, na qual carrega os seus objetos ritualísticos mágicos, entre eles os "fragmentos de cabaças", símbolo do Ser destruído mas, por sua vez, destruidor, talvez um dos seus emblemas mais temidos e somente manipulados por seus El'esu, ou seja, pelos Sacerdotes do Imole Eshu.
Por tudo isso, Imole Eshu está sempre "do lado de fora", nos “caminhos”, onde tem seu lugar predileto, a Orita Meta / Encruzilhada de Três Caminhos, onde ele aceita, carrega, transporta e premia, mas, também, de onde vigia, adverte, recusa e pune.
Foi então que os primeiros catequistas de outras religiões passaram a pregar que todas as desgraças acontecidas aos fiéis dos Orixás Iorubás, merecidas ou não, derivavam da ação nefasta e indiscriminada de Imole Eshu, o qual apenas faria o Mal pelo Mal.
Por sua vez, os Iorubás escravizados viram nesta interpretação equivocada de Executor por Malfeitor, uma nova arma para se defenderem e passaram a ameaçar abertamente os seus inimigos com as artes punitivas do Imole "Esu", que assim começou a transformar-se em "êxú" e a sincretizar-se, nas mentes mais fracas, com a figura do “diabo” medieval católico.
Daí a ele começar a ser representado e apresentado como um Ser tenebroso e mau foi apenas a mesma “descida de ladeira” por onde escorregaram os sincrético cultos afro-brasileiros, notadamente a Umbanda Popular, até estarem lançadas as bases do “sincretismo dentro do sincretismo" e aparecer a Kimbanda que, na verdade, nada mais é que o ponto mais alto da “curva do desespero” a que foram lançados os povos escravizados no Brasil.
Como Imole Eshu é o Mensageiro Divino e o Senhor do Carrego Ritual prescrito por Orunmila-Ifá, ele é também o L'Onan / Senhor dos Caminhos, tanto dos benéficos (Ona Rere), quanto dos maléficos (Ona Buruku), que ele abre ou fecha aos mortais conforme verifique se os sacrifícios prescritos aos fiéis foram ou não cumpridos, ajudando aqueles que os cumprem e punindo os que, devidamente avisados, não o fazem.
Por isso, ele é também o Ol'obe / Senhor da Faca, significando ser o Executor dos Sacrifícios, mas também, no sentido ritualístico, "Aquele que tem o poder de vida e morte". à Obe / Faca, Imole Eshu junta ainda a sua Opa / Bolsa, na qual carrega os seus objetos ritualísticos mágicos, entre eles os "fragmentos de cabaças", símbolo do Ser destruído mas, por sua vez, destruidor, talvez um dos seus emblemas mais temidos e somente manipulados por seus El'esu, ou seja, pelos Sacerdotes do Imole Eshu.
Por tudo isso, Imole Eshu está sempre "do lado de fora", nos “caminhos”, onde tem seu lugar predileto, a Orita Meta / Encruzilhada de Três Caminhos, onde ele aceita, carrega, transporta e premia, mas, também, de onde vigia, adverte, recusa e pune.
Foi então que os primeiros catequistas de outras religiões passaram a pregar que todas as desgraças acontecidas aos fiéis dos Orixás Iorubás, merecidas ou não, derivavam da ação nefasta e indiscriminada de Imole Eshu, o qual apenas faria o Mal pelo Mal.
Por sua vez, os Iorubás escravizados viram nesta interpretação equivocada de Executor por Malfeitor, uma nova arma para se defenderem e passaram a ameaçar abertamente os seus inimigos com as artes punitivas do Imole "Esu", que assim começou a transformar-se em "êxú" e a sincretizar-se, nas mentes mais fracas, com a figura do “diabo” medieval católico.
Daí a ele começar a ser representado e apresentado como um Ser tenebroso e mau foi apenas a mesma “descida de ladeira” por onde escorregaram os sincrético cultos afro-brasileiros, notadamente a Umbanda Popular, até estarem lançadas as bases do “sincretismo dentro do sincretismo" e aparecer a Kimbanda que, na verdade, nada mais é que o ponto mais alto da “curva do desespero” a que foram lançados os povos escravizados no Brasil.
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