Astrônomos observaram um dos exoplanetas mais quentes já encontrados e conseguiram identificar pelo menos sete metais flutuando na atmosfera.
Cientistas usaram o Pesquisador de Planetas de Alta Precisão de Velocidade Radial (HARPS, na sigla em inglês), no Observatório La Silla, no Chile, para detectar magnésio, sódio, cálcio, crômio, ferro, níquel e vanádio na atmosfera do exoplaneta WASP-121b. Os resultados foram publicados recentemente na revista científica Astronomy & Astrophysics.
"Todos os metais evaporaram como resultado das altas temperaturas prevalecentes no WASP-121b, garantindo assim que o ar no exoplaneta consistisse em metais evaporados, entre outras coisas”, afirma Jens Hoeijmakers, principal autor do estudo, em comunicado divulgado na quinta-feira (8).
"O amplo conhecimento sobre a atmosfera do WASP-121b não só confirma o caráter ultraquente do exoplaneta, mas também destaca o fato de que este campo de pesquisa está entrando em uma nova era", comemora o astrônomo.
Estudos anteriores especulavam que talvez existisse vanádio na atmosfera de WASP-121b, mas só agora foi possível confirmar a suspeita. "Depois de anos catalogando o que está lá fora, agora não estamos mais apenas fazendo medições, mas estamos realmente começando a entender o que os dados dos instrumentos nos mostram", comenta Hoeijmakers.
Planeta WASP-121b
O exoplaneta WASP-121b foi descoberto em 2015 nas proximidades de uma estrela semelhante ao Sol, localizada na constelação Puppis, a 850 anos-luz da Terra.
Planetas como WASP-121b são chamados Júpiteres quentes porque são gigantes gasosos que orbitam tão próximo das estrelas que a temperatura dos planetas rivaliza com a das próprias estrelas. A temperatura em WASP-121b varia entre 2.500 e 3.000 ºC.
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