Terra Asteroide (Reprodução/Divulgação) |
A rocha, que passou a 44.000 quilômetros da Terra, sem oferecer risco, foi usada para exercitar o plano de troca de informações entre telescópios e radares
Um pequeno asteroide muito brilhante passou a apenas 44.000 quilômetros da Terra nesta quinta-feira (perto, em termos cósmicos) e, embora não representasse nenhum perigo, permitiu aos cientistas se prepararem para o dia em que um destes objetos significar uma ameaça real. Pesquisadores da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) aproveitaram a oportunidade para testar um exercício de defesa planetária durante a passagem da rocha.
“Considero que o exercício foi um grande sucesso”, declarou Detlef Koschny, co-diretor do setor de Objetos próximos da Terra (Near-Earth Objects, ou NEOs, em inglês) da ESA. “Agimos como se fosse um objeto ‘crítico’ e nos exercitamos no plano de troca de informações, utilizando telescópios e sistemas de radar. Estávamos bem preparados e a maioria das observações e comunicados funcionaram como previsto.”
Batizado de 2012 TC4, o asteroide se deslocou entre a Terra e a Lua a uma distância mínima relativamente pequena, mas bem distante do raio de 36.000 quilômetros a partir da superfície terrestre em que os satélites geoestacionários de telecomunicações se encontram. A passagem do asteroide “não era preocupante, mas aproveitaremos para treinar”, disse Koschny.
O exercício foi coordenado pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, junto com a Nasa, a ESA e vários observatórios do mundo. Tratou-se de um “objeto muito pequeno, menor do que o previsto, medindo entre 10 e 12 metros”, segundo os pesquisadores.
O asteroide 2012 TC4 “é muito brilhante e reflete cerca de 40% de sua luz”, indicou Koschny, acrescentando que ele gira em torno de si mesmo em doze minutos, “o que é muito rápido”.
Segundo o cientista, a passagem de asteroides perto da Terra “é bastante frequente”, mas poucos passam a uma distância preocupante – e os que passam raramente apresentam um tamanho ameaçador. A Nasa calcula que a probabilidade de um asteroide potencialmente perigoso atingir o nosso planeta nos próximos 100 anos é de apenas 0,01%. Porém, a agência espacial americana admite que, caso uma rocha gigante venha em direção à Terra sem ser identificada com antecedência, os cientistas não seriam capazes de impedir a colisão catastrófica com a tecnologia disponível atualmente. Por isso, os pesquisadores vêm trabalhando para aprimorar seu sistema de detecção de objetos espaciais e desenvolver técnicas capazes de evitar as ameaças.
Furacão - Vários observatórios no mundo puderam acompanhar simultaneamente o asteroide 2012 TC4 nos últimos dias e até mesmo alguns amadores conseguiram fazer imagens, de acordo com o cientista. Contudo, alguns telescópios tiveram dificuldades. Foi o caso do de Arecibo em Porto Rico, que parou de funcionar após a passagem recente de furacões na região. “Mas por sorte, um outro radar americano pode ser utilizado nas últimas noites”, explicou Detlef Koschny. “Exatamente por isso fizemos esse exercício: para não sermos surpreendidos por esse tipo de coisa.” Se o asteroide 2012 TC4 viesse a se chocar contra a Terra, não seria necessário, a princípio, evacuar a população, mas simplesmente “advertir as pessoas de que se afastassem das janelas”, afirma Koschny. (Com AFP)
Fonte: Veja
Furacão - Vários observatórios no mundo puderam acompanhar simultaneamente o asteroide 2012 TC4 nos últimos dias e até mesmo alguns amadores conseguiram fazer imagens, de acordo com o cientista. Contudo, alguns telescópios tiveram dificuldades. Foi o caso do de Arecibo em Porto Rico, que parou de funcionar após a passagem recente de furacões na região. “Mas por sorte, um outro radar americano pode ser utilizado nas últimas noites”, explicou Detlef Koschny. “Exatamente por isso fizemos esse exercício: para não sermos surpreendidos por esse tipo de coisa.” Se o asteroide 2012 TC4 viesse a se chocar contra a Terra, não seria necessário, a princípio, evacuar a população, mas simplesmente “advertir as pessoas de que se afastassem das janelas”, afirma Koschny. (Com AFP)
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