Ao tentarmos compreender o de 9 de Ouros, Arcano da Iniciação, devemos observar os Arcanos Maiores 9 e 18 (Eremita e Lua). Hermes indica e caracteriza o Iniciado, seu isolamento na escuridão que o cerca e a luz interna que é seu guia.
A lâmina 18 apresenta um cenário ainda mais obscuro. A imagem da  lâmina mostra o mundo em que o peregrino deve trabalhar. Estão aqui os binários ainda não neutralizado em forma de 2 pirâmides  truncadas, o sangue como consequência criminosa, o conservantismo  desesperador do caranguejo que volta à sua poça e as trevas onde o Sol  não penetra. Assim vemos que este arcano, está ligado ao mar, as águas profundas  tanto fisicamente, quanto psicologicamente. Em seu estado mais elevado a  Iemanjá e no estado mais sombrio a enigmática Nanã.
No 9º  estágio o peregrino desempenha o papel da Lua refletor da luz do Sol  escondido. 
O perigo neste caminho reside na possível confusão e engano entre  verdade eterna e personalidade do próprio peregrino. Falamos do caso de muitas religiões ou seitas eclipsadas após  desaparecimento do seu fundador pois praticavam o culto da personalidade  e não da verdade eterna.
A egrégora corrompe e o templo acaba por desmoronar  inevitavelmente. A lâmina da Lua fala ainda dos inimigos ocultos e dos falsos amigos. Os inimigos ocultos resultam da desarmonia interna vinda da profundidade  do nosso ser e que pode destruir todo o trabalho realizado  anteriormente. 
 Os falsos amigos são as pequenas tentações que parecem inofensivas mas que por vezes podem ter consequências graves. Quero lembrar aqui a lei da causa e do efeito ou a velha história do efeito borboleta.
Eventos e ocorrências aparentemente sem relação ou ligação que a  partida parecem perfeitamente aleatórios e não relacionados podem  encadear-se a favor de um determinado acontecimento manifeste em Malkut  (mundo dos fenômenos). 
Os perigos anteriormente mencionados na realidade apenas se podem  manifestar no estágio de ouros, onde o elemento pessoal e vontade  própria aínda existem apesar de serem postos ao serviço da  espiritualidade.
A sefira correspondente ao 9 de Ouros é Yesod e relaciona-se com  a realização da Iniciação que no fundo não é mais nem menos do que um  despertar para uma Nova Consciência vinda do Alto (Kether) alcançando a  harmonia (Tiferet), obtendo a vitória sobre a personalidade (Netzah),  realizado pelo trabalho interno (Hod) para receber uma nova forma  (Yesod).
Na alquimia a experiencia da iniciação é designada por pedra  vermelha ou rubro (pó de cor avermelhada). Tanto na ciência da quimica como no caminho da iniciação espiritual o  elemento da pedra vermelha é de ordem supra-racional e pertence a uma  realidade superior. Na Natureza a pedra representa a força polarizada do alquimista pronta  para ser multiplicada e projetada.
A tarefa do Iniciado em Ouros  para assegurar o desenvolvimento do meio ambiente é designada pelo  Valete do Logos ou Força Universal Criadora. 
O peregrino contribui para girar a roda universal e, consequentemente  reduz o longo processo das encarnações e desencarnações.
O estágio de 10 de Ouros relaciona-se com o 10º Arcano Maior  (Roda da Fortuna). A Roda gira no sentido evolutivo e é estimulado pelo trabalho do  discípulo. No Arcano Maior da Roda da Fortuna encontramos duas figuras arrastadas  pelo movimento giratório da roda. As figuras sobem e descem alternadamente mas ambas progridem no sentido  evolutivo e correspondem a dois modos distintos de trabalho do iniciado  de Ouros. 
As duas figuras são imperfeitas, o que quer dizer que as  verdades esotéricas que são transmitidas perdem em parte a sua pureza e  profundidade e até podem ficar deturpadas. A esfinge simboliza a lei Jod-He-Vau-He e segue o trabalho realizador  segundo a velha axioma dos 4 animais herméticos (saber, querer, ousar e  calar).
O caduceu que se apresenta na imagem do 10º Arcano Maior emerge  das ondas escuras do Mar hermético que por sua vez representa o meio  ambiente, local onde o peregrino deve trabalhar.
O eixo do caduceu apoia-se no côncavo da onda e forma, com a  mesma, a figura de Lingam, símbolo da fecundação espiritual do ambiente  pelo trabalho realizado. 
A lâmina 19 (Sol), arcano do Hermetismo Ético, em relação ao 10 de Ouros  sublinha o carácter frutífero do trabalho. É visível também os raios solares que ao tocarem na Terra se transformem  em Ouro.
Esse arcano, em Umbanda Astrológica está ligado ao movimento  magico de Oxumaré e no Arcano 19 liga-se Oxalá, como também ao poder  iniciador do Ibejís. Trata-se da Luz Espiritual transmitida pelo  peregrino ao meio ambiente criando assim o Ouro.  
As crianças presentes na lâmina representam os participantes do  processo.  
A expressão da lei divina Jod-He-Vau-He pode ser traduzida de seguinte forma: Jod: O iniciado devido ao status alcançado tem capazidade de realização. He:  Ele entre em contato com o meio ambiente e forma um binário básico com o mesmo. Vau: Estabelecimento de interação entre dois polos que resultam numa determinada maneira de trabalhar 2º He: O trabalho realiza-se   O 10º e último arcano de ouros corresponde a sefira Malkut ou Reino.
A sefira está diretamente ligada pelo canal 22 com a sefira da  Iniciação (Yesod), que obriga trabalhar e agir de forma externa para não  perder o poder iniciático. O Reino deve ser criado não só dentro de si mas também no meio ambiente,  formando assim uma egrégora. 
Publicado em 26/03/2011
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