A estrela Eta Carinae e sua nebulosa Carina proporcionam um grande espetáculo, captado por um fotógrafo brasileiro, no céu noturno do hemisfério sul.
As imagens foram registradas pelo fotógrafo brasileiro Carlos Kiko Fairbairn proporcionando um dos fenômenos estelares mais belos.
Apesar de ser quatro vezes mais brilhante e extensa que a nebulosa de Órion, a nebulosa Carina não é tão famosa devido ao fato de poder ser vista apenas no hemisfério sul.
A nebulosa Carina foi descoberta em 1751 pelo astrônomo francês Nicolas-Louis de Lacaille ao observá-la a partir do cabo da Boa Esperança, o extremo meridional do continente africano.
© CC BY 4.0 / ESO/ T. PREIBISCH / EL TELESCOPIO VLT DE ESO REVELA LOS SECRETOS OCULTOS DE LA NEBULOSA DE CARINA
Panorâmica da nebulosa Carina registrada pela câmera HAWK-I do observatório ESO
O fenômeno é formado ao redor da estrela Eta Carinae, uma das conhecidas como hipergigantes devido ao fato de possuir uma massa estimada entre 100 e 150 vezes a do nosso Sol.
A estrela, localizada a mais de 6.500 anos-luz da Terra, é uma das mais brilhantes do céu, produto do seu grande histórico de explosões, tendo estado classificada como a estrela mais brilhante do céu após 1830.
A nebulosa é composta fundamentalmente de gás hidrogênio, o que explica seu visível brilho vermelho. O brilho azul, no entanto, é produzido por partículas de oxigênio.
© CC BY 4.0 / ESO/ VPHAS+ CONSORTIUM/CAMBRIDGE ASTRONOMICAL SURVEY UNIT / LA NEBULOSA CARINA TOMADA POR EL TELESCOPIO DE RASTREO DEL VLT
A formação de estrela da nebulosa Carina registrada pelo telescópio do Observatório ESO
Além da estrela Eta Carinae, a nebulosa Carina tem outra nebulosa em seu interior, se trata da nebulosa Keyhole, menor e mais escura, composta por moléculas frias e poeira.
"É preciso estar no sul, observando para sul, para ver um céu assim. E apenas se tiver sorte", destacou a NASA ao publicar uma das fotografias do fotógrafo brasileiro.
Para registrar uma de suas melhores imagens da nebulosa de Carina, o fotógrafo teve que passar várias noites consecutivas no deserto do Atacama, no Chile.
"Já passava das 4 da manhã e o cansaço batia na porta. Comecei a arrumar as malas, pois precisava dirigir por duas horas. Mesmo antes de sair, olhei para trás e vi essa maravilhosa paisagem se formando: a mão quase 'tocando' a nebulosa de Eta Carinae e a constelação de Cruzeiro do Sul. Que vista!", cita o fotógrafo.
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