Presume-se que a rocha seja a mais antiga conhecida e se tenha formado na mesma época em que nosso planeta se formou, de acordo com uma análise da revista acadêmica Earth and Planetary Science Letters.
Até esta descoberta, as rochas mais antigas conhecidas tinham cerca de 2 bilhões de anos. Esta rocha se formou entre 4 e 4,1 bilhões de anos atrás quase 20 quilômetros abaixo da crosta terrestre, mas o mais curioso é que ela foi encontrada muito longe da superfície do nosso planeta – na Lua.
A rocha estava entre as amostras trazidas pela tripulação da Apollo 14, e os cientistas as têm analisado metodicamente desde então. Esta rocha em particular estava no final da lista, mas pareceu ser a mais interessante.
O Centro de Ciência e Exploração Lunar da NASA (CLSE) identificou essa pequena amostra como sendo de origem terrestre por ela conter vários minerais, como quartzo e feldspato, que são comuns na Terra, mas raros na Lua. Foi possível determinar a que profundidade estava a rocha debaixo da superfície terrestre através de análise molecular.
Existe a possibilidade de que esta possa ter se formado na Lua, mas é muito remota. A rocha, ao contrário das outras amostras de rochas da Lua, é feita de uma quantidade extremamente alta de minerais da Terra e uma quantidade extremamente baixa de minerais comumente encontrados no satélite natural do nosso planeta. Além disso, teria que ter sido formada no núcleo da Lua e, de algum modo, surgir na superfície.
Evidentemente, é intrigante a questão de como essa rocha poderia ter surgido na Lua. Para começar, a própria Lua já foi um pedaço da Terra, separado por uma colisão com um asteroide particularmente grande no início da história do nosso planeta. É possível que nos primeiros anos do nosso Sistema Solar, quando havia grandes asteroides por toda parte, um deles tenha atingido a Terra e lançado detritos para o espaço, e uma dessas rochas pousou na superfície do nosso satélite.
Antes da descoberta, havia apenas suposições sobre como seriam as primeiras rochas da Terra, mas agora os cientistas têm algo com que trabalhar. E há uma chance considerável de que esta não seja a única parte da nossa Terra na superfície da Lua.
David Kring, pesquisador principal do CLSE e um dos principais autores do artigo publicado recentemente, disse que o próximo passo é procurar assinaturas minerais semelhantes em amostras lunares para encontrar mais relíquias da Terra jovem.
"É uma descoberta extraordinária que ajuda a pintar uma imagem melhor da Terra primitiva e o bombardeio que modificou o nosso planeta no amanhecer da vida", disse Kring.
Fonte:br.sputniknews.com/ciencia_tecnologia/
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