O calendário da babilônia utilizava o primeiro crescente da Lua depois do equinócio de primavera para assinalar o começo do primeiro mês, Nisan, e das festividades, mas eles não se preocupavam com a posição exata dos equinócios e solstícios e, por isso, não descobriram a precessão.
Já para os gregos, os equinócios e solstícios eram de suma importância porque determinavam os pontos fundamentais da esfera celeste, que eram necessários para efetuar todos os cálculos. Os gregos Metón e Eucatemón ( 420 a .C.) realizaram observações exatas destes pontos.
A princípio, Eudoxo ( 366 a .C.) situou o equinócio de primavera a 15 graus de Áries.
A posição correta seria a 6 graus de Áries, mas Eudoxo se deu conta e corrigiu seu erro situando o equinócio a 8 graus, que era o fixado pelos babilônios, porém eles não se preocupavam com a exatidão deste ponto. Contudo, os 8 graus foram populares durante muito tempo. Vettius Valens, do século I d.C., confessa que acrescentou 8 graus às tábuas do Sol e da Lua.
Contudo, a descoberta e o cálculo da variação da precessão são méritos do grego Hiparco de Nicea ( 190 a 120 a .C.).
Conhecido como o pai da Astronomia, Hiparco se ocupou tanto da compilação das posições babilônicas dos astros como da geometria grega e estabeleceu o primeiro catálogo de estrelas historicamente reconhecido. Ao comparar as posições de suas observações com as de seus predecessores, Arystilli e Timochares ( 293 a . C.), Hiparco verificou que havia uma diferença de 2 graus (especialmente em relação à estrela Spica, que se encontrava no equinócio de outono). Esta verificação o levou à suposição de que o ponto vernal se movia e estabeleceu uma variação de 1 grau para 100 anos. Sem dúvida, considerando que a variação correta é de 1 grau para 72 anos, Hiparco chegou muito perto do valor preciso.
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