Uma equipe de cientistas trabalhará com o Telescópio Espacial James Webb da NASA em seis dos quasares mais distantes do Universo.
Com isso, eles pretendem estudar as propriedades destes quasares e suas galáxias anfitriãs e como teriam estado interligados durante as primeiras etapas da evolução das galáxias no Universo primitivo.
Além disso, os quasares serão utilizados para analisar o gás no espaço entre as galáxias, especialmente durante o período de reionização cósmica, que terminou quando o Universo ainda era muito jovem.
"Estas observações nos dão a oportunidade de estudar a evolução das galáxias, bem como a formação e evolução dos buracos negros supermassivos nesses tempos tão distantes", explicou Santiago Arribas, membro da equipe e professor do Departamento de Astrofísica do Centro de Astrobiologia de Madri.
A luz desses objetos muito distantes foi distendida pela expansão do espaço, este processo é conhecido como desvio ao vermelho cósmico. Quanto mais longe a luz tiver que viajar, mas ela se desloca ao vermelho.
Os quasares são buracos negros supermassivos muito brilhantes, distantes e ativos, sendo bilhões de vezes maiores que o Sol.
Eles geralmente estão localizados no centro das galáxias, alimentando-se da matéria que cai e gera torrentes de radiação.
Sendo dos objetos mais brilhantes do Universo, a luz de um quasar ofusca todas as estrelas de sua galáxia anfitriã combinadas, e seus jatos e ventos dão forma à galáxia em que se localiza.
Quando um buraco negro supermassivo acumula matéria, uma grande quantidade de energia é liberada. Esta energia quente empurra o gás para fora, gerando fortes fluxos de saída que atravessam o espaço interestelar, danificando a galáxia anfitriã.
Os cientistas acreditam que estes fluxos de saída sejam o mecanismo principal por onde o gás, a poeira e os elementos são redistribuídos a grandes distâncias dentro da galáxia, podendo provocar mudanças fundamentais nas propriedades da galáxia anfitriã, bem como no meio intergaláctico.
"Estamos interessados em observar os quasares mais brilhantes, pois a grande quantidade de energia que estão gerando em seus núcleos deveria conduzir ao maior impacto na galáxia anfitriã por mecanismos como o fluxo de saída e o aquecimento do quasar", afirmou Chris Willott, cientista do Centro de Pesquisa de Astronomia e Astrofísica Herzberg do Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá.
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