Pesquisadores da Universidade de Leiden (Holanda) aplicaram modelos químicos em 14 cometas e encontraram um padrão em sua composição.
Os cometas são bolas de gelo, poeira e pequenas partículas parecidas com pedras. Seus núcleos podem alcançar dezenas de quilômetros de diâmetro, voam pelo espaço e, às vezes, possuem órbitas incomuns.
Pesquisadores estudaram as moléculas que compõem os cometas e, para isso, utilizaram os modelos desenvolvidos para prever a composição química dos discos protoplanetários, que são discos planos de gás e poeira contidos em estrelas jovens.
"Pensei que fosse interessante comparar nossos modelos químicos com os dados publicados sobre cometas", afirmou Christian Eistrup, um dos autores do estudo publicado pela revista Astronomy & Astrophysics.
"Havia um modelo único, que indicava que eles compartem sua origem", explicou o autor, ressaltando que o estudo mostrou que os 14 cometas mostravam a mesma tendência.
© NASA . NASA, ESA, D. BODEWITS (UNIVERSIDADE DE AUBURN) E J.-Y. LI (INSTITUTO DE CIÊNCIAS PLANETÁRIAS)
Telescópio espacial Hubble capturou a imagem do cometa 46P/Wirtanen, em 13 de dezembro de 2018
A origem estava em algum lugar próximo do nosso jovem Sol, quando ainda era cercado por um disco protoplanetário e nossos planetas ainda estavam sendo formados, assegurou.
De acordo com o astrônomo, havia uma zona ao redor do Sol, dentro da qual, o monóxido de carbono foi convertido em gelo. A temperatura no local era de 250 graus Celsius abaixo de zero.
Além disso, o estudo explica as diferentes órbitas dos cometas pela influência de outros grandes objetos, como, por exemplo, Júpiter.
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