A
origem das rochas mais antigas do mundo, formações cheias de sílica que ficam em um rio canadense chamado Acasta, sempre gerou curiosidade. Com 4 bilhões de anos, essas composições podem ter tido seus princípios descobertos só agora.
De acordo com um estudo publicado na revista Nature Geoscience, essas rochas provavelmente se organizaram a temperaturas muito altas e em uma profundidade rasa, nas camadas exteriores do planeta. O calor necessário para esse processo provavelmente teria sido gerado por um bombardeio de meteoritos cerca de meio bilhão de anos depois da formação da Terra, o que derreteu a ‘casca’ rica em ferro do globo e gerou as composições observadas atualmente. Assim, com o derretimento do estrato externo, compuseram-se as estruturas encontradas no Acasta.
Os cientistas acreditam que a temperatura necessária para que todo esse procedimento fosse possível seria de 900°C, o que indica a ocorrência de um evento drástico. A maior probabilidade, afirmam, seria a de uma alta incidência de meteoritos.
Embora existam minerais mais antigos do que essas formações, elas detêm o título de primeiras rochas do mundo. Os pesquisadores acreditam que, apesar de escassas hoje, essas estruturas fossem comuns antigamente. No entanto, com o passar de 4 bilhões de anos e todas as alterações geomorfológicas que eles trouxeram (como o advento de placas tectônicas), só essa pequena parcela encontrada no Canadá permaneceu. Desse modo, essas composições podem ser as únicas sobreviventes de um passado muito (muito!) distante da Terra.
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