As forças sutis da natureza na verdade são manifestações do Poder Volitivo do Orixá, que com seu “Axé” se tornou o Ser Estruturante do Universo (origem do espaço/ tempo), deu formação ao Cosmo e a vida como conhecemos no planeta. O Axé foi discutido intensamente neste blog, todavia, nunca o será à exaustão, pois é complexo seu conceito teórico, na maioria das vezes mal interpretado, e muito pior ainda a sua transmissão; óbvio que com estes escolhos muito difícil de se viver (práxis) de forma harmonizada, estabilizada e equilibrada, tudo decorrência do desconhecimento do fundamento prático do Axé.
Axé é manifestado na energia em suas várias expressões (matéria), portanto pode-se dizer que as forças da natureza são “Axé”. Essas forças vivas da natureza são conhecidas como: ar (eólico), fogo (ígneo), água (hídrico) e terra (telúrico). A existência do indivíduo (Ará, Emi, Bará), só será completa, bem sucedida propiciando o bom destino (onan rerê) por intermédio da conexão com o Orixá – o “Senhor da Cabeça”, “Senhor da Luz Espiritual” ou o “Deus da Criação- Meu Pai Criador” (Eleda mi), é assim que deve ser entendido. Axé e tudo o que dele decorre tal como Ori, Olori, Elemi, Eleda, Arquétipo do Orixá e comportamento do “filho de santo”, exemplifiquemos o ser humano (sujeito) e como atuam nele e com ele os elementos, as forças da natureza.
A espiritualidade por meio da busca magistica e filosófica, afirma-se na teoria que o corpo (Substância) só é vivo quando respira, tem vida, ou seja, o corpo (Ará) manifesta a alma, o sopro vital (Emi). Disto conclui-se que corpo e alma são princípios de realidades diferentes. Sim, a alma (Emi) se faz presente no mundo físico (aye), sendo sua origem, todavia, no orun (mundo sobrenatural).
Carlinhos Lima - Pesquisador
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