Os Elementos e Signos
Há um padrão que se repete e que pode ser identificado? E quais seriam as indicações astrológicas de uma provável orientação homossexual? Se existe, até hoje não foi encontrado. Na verdade o que pode ser percebido a esse respeito num mapa depende muito da sensibilidade do astrólogo e sua intuição. É verdade que poucos foram os estudos realizados, e nada que poderíamos considerar muito rigoroso do ponto de vista da metodologia científica. Seja como for, mesmo assim é possível lançar alguma luz sobre essa questão quando examinamos os significados de signos e planetas e sua relação com as características comportamentais próprias de cada sexo. Obviamente, nossa abordagem é puramente empírica e, portanto, limitada. Falta um estudo estatístico. Ate porque um estudo estatístico além de complicado de realizar dificilmente encontraria o numero de pessoas necessárias dispostas a contribuir com ele.
Dividimos os signos em masculinos e femininos pela astrologia tradicional. Os signos de fogo e de ar são ditos masculinos e os de terra e de água, femininos. Por quê? A razão dessa atribuição tem como base a suposta existência de dois princípios reguladores naturais, um ativo, outro passivo ou receptivo; um intelectual, outro emocional; um criador, outro conservador; um que compete, outro que harmoniza; e assim por diante. Trata-se de uma filosofia metafísica, especulativa, e inventada por homens, é claro. Da observação das diferenças de comportamento social entre o homem e a mulher deduziu-se uma série de conceitos de gênero. Se isso é biologicamente correto ou reflete apenas condicionamentos culturais, não cabe aqui decidir. Mas para os antigos havia uma natureza feminina e uma natureza masculina também em nível psicológico, independentemente do ambiente cultural (o que hoje soa bastante razoável). Os homens eram mais ativos, intelectuais, criadores e competitivos; e as mulheres, mais passivas, emotivas, conservadoras e solidárias. No entanto com a evolução da sociedade moderna por muitos caminhos diferentes mudou um pouco esses conceitos. Mas não podemos negar que a natureza se divide realmente em duas partes, masculina e feminina, pois percebemos isso claramente no meio ambiente a todo o momento.
Os signos de fogo – Áries, Leão e Sagitário – promovem dinamismo, força, autoconfiança, desejo de superioridade, competitividade, espontaneidade, etc. O elemento ar – Gêmeos, Libra e Aquário - é de natureza intelectual e abstrata, comunicativa e interativa. Signos do elemento terra – Touro, Virgem e Capricórnio – são pragmáticos, organizados e buscam segurança. Finalmente, a água – Câncer, Escorpião e Peixes – significa aceitação, vínculos, emoções e afetos. Não é difícil notar que os dois primeiros, fogo e ar estão mais associados ao comportamento masculino, enquanto terra e água são tipicamente femininas. Na psicologia e nas sociedades ocidentais modernas, isso não pode ser levado muito ao pé da letra, mas faz sentido de um modo geral. Também devemos ter ciência que cada um dos três signos das triplicidades tem características próprias e particulares, mas que vibram dentro desses parâmetros acima apresentados.
Os elementos fogo e água parecem traduzir melhor o que hoje se aceita como sendo atitudes masculinas e femininas, respectivamente. Ar pende um pouco mais para o masculino, mas cada vez menos, e terra tem apenas uma ligeira inclinação feminina; mas não são traços que definem socialmente o gênero. Portanto, fogo é o elemento mais acentuadamente masculino e água é o mais feminino. Acrescentamos, porém, o signo de Aquário (ar) à categoria masculina e Libra (ar) ao modo feminino, ao mesmo tempo em que retiramos Leão e Escorpião. Ficamos assim com Áries, Sagitário e Aquário como essencialmente masculinos, e Câncer, Peixes e Libra como essencialmente femininos. Atenção: isto não significa que um homem nascido em Peixes deverá ser efeminado ou que uma mulher sagitariana será lésbica. Nem pensar.
E quanto aos planetas? Pelo significado que encerram, escolhemos Marte, Júpiter e Urano para representar o gênero masculino, e Lua, Netuno e Vênus como planetas ou corpos celestes fundamentalmente femininos. Observe que estes seis planetas são os que têm ressonância nos signos escolhidos no parágrafo anterior: Marte – Áries, Júpiter – Sagitário, Urano – Aquário, Lua – Câncer, Netuno – Peixes e Vênus – Libra. Isto é, são os planetas que “regem” os signos que polarizam os gêneros. Essas atribuições podem parecer arbitrárias, mas não são. Baseiam-se no conhecimento empírico da astrologia moderna e numa interpretação “revisionista” em relação à tradição.
A Homossexualidade no Mapa Astrológico
Então observamos no mapa quais os signos e planetas que se destacam e teremos uma possível noção – homo ou hetero, sim? Não. Na verdade, uma ênfase em indicadores masculinos não significa que a mulher seja homossexual, nem tampouco um homem será gay se predominam planetas e signos femininos. É tolice pensar que as mulheres agressivas, competitivas, autoconfiantes, intelectualizadas e independentes são necessariamente lésbicas. A mesma coisa para os homens: se o sujeito é sensível, emotivo, chora quando lê uma poesia, é sonhador e exibe certa delicadeza na linguagem e nos gestos, isto não quer dizer que ele é homossexual. Simplesmente a constatação astrológica, ou não, desses traços de personalidade não permite o que seria um salto dedutivo arbitrário alimentando uma afirmação errônea. Por isso se torna necessário ao notar-se esses traços numa consulta dialogar com o cliente e saber até que ponto isso influencia sua vida e se atua como obstáculos na vida dele.
É mais sensato dizer que pessoas com ênfase astrológica no outro gênero que não o seu são aquelas mais inclinadas a manifestar algum tipo de comportamento ou interesse homossexual, seja durante a vida toda, seja apenas em alguns momentos. Mas não é sustentável afirmar a homossexualidade ou heterossexualidade de alguém com base nesses indicativos. E talvez isso nem seja importante. No entanto não é necessário obsessão em rotular a orientação sexual de ninguém. Pois não temos certeza de que realmente existem pessoas cem por cento heterossexuais ou cem por cento homossexuais. Nem pode se fazer essa divisão estanque com base na observação e em relatos pessoais. Com certeza muitos “heteros” experimentaram alguma vez na vida atração por um indivíduo do mesmo sexo e não admitem tal fato nem para si próprios! Principalmente na infância e na adolescência. E ninguém está a salvo de desejos regressivos. A pressão social que recebemos para seguir uma orientação hetero é muito grande, vem de todos os lados e de varias formas. Vimos, sim, que há indicativos biológicos apontando na direção de identificações inatas, mas isto não significa que o ambiente não interfere, inibindo tendências, reprimindo expressões.
No que se refere às experiências homossexuais, eu li numa revista certo dia que a grande preferência entre os homens em praticar sexo anal com mulheres e que isso lhes dá enorme prazer. Alem disso muitos preferem esse tipo de sexo a o convencional. Será que já não é uma tendência homossexual oculta? Mesmo sendo com mulheres? Bem deixo essa explicação aos sexólogos.
No que se refere às experiências homossexuais, eu li numa revista certo dia que a grande preferência entre os homens em praticar sexo anal com mulheres e que isso lhes dá enorme prazer. Alem disso muitos preferem esse tipo de sexo a o convencional. Será que já não é uma tendência homossexual oculta? Mesmo sendo com mulheres? Bem deixo essa explicação aos sexólogos.
Se por um lado a astrologia não nos dá uma resposta do tipo sim ou não, em compensação permite uma incursão mais profunda na personalidade humana. O astrólogo tem em mãos um instrumento que pode revelar amplas regiões do mundo interior, identificando emoções, conteúdos instintuais e domínios cognitivos. Muito melhor do que procurar uma etiqueta é promover o autoconhecimento, ajudar as pessoas a enxergar dentro de si mesmas todo um universo de predisposições que é a própria base de uma percepção seletiva do mundo, além, é claro, dos condicionamentos impostos pelo ambiente. É como se todos nós percebêssemos o mundo através de um determinado filtro ou de vários filtros. Cada um tem o seu viés, a sua “distorção” característica. A astrologia pode iluminar parte dessa realidade subjetiva. O que dificulta tudo isso é que nem todos vivem em sintonia com suas energias nem conseguem aceitar as indicações de sua própria natureza e por isso quando os astrólogos citam algum traço de sua alma a maioria dos clientes ficam surpresos. Por isso a astrologia é tão mal entendida. Porque o homem não consegue entender nem aceitar a si próprio.
Carlinhos Lima – Astrólogo e Pesquisador.
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