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domingo, 26 de fevereiro de 2017

O QUE SABEMOS? Nova pesquisa poderia reescrever física desde o início

 reescrever física desde o início
O QUE SABEMOS? Nova pesquisa poderia reescrever física desde o início

O Modelo Padrão também inclui as quatro forças fundamentais do universo


Desde os gigantes no céu noturno até as partículas que nos fazem, nós - tudo envolve a teoria da física: o modelo padrão. Atualmente, o Modelo Padrão descreve partículas elementares conhecidas como "blocos de construção" da matéria. Essas partículas são vistas em dois tipos básicos: quarks e leptons. Cada tipo tem seis partículas elementares que são encontradas dentro de três pares conhecidos como "gerações".

A primeira geração consiste nas partículas mais leves e mais estáveis, enquanto a segunda e terceira gerações consistem em partículas mais pesadas e menos estáveis. Toda a matéria estável no universo é dito estar na primeira geração. O Modelo Padrão também inclui as quatro forças fundamentais do universo: a força forte, a força fraca, a força eletromagnética e a força gravitacional. Cada força fundamental, diferente da gravidade, tem sua própria partícula correspondente. O gluon carrega a força forte, enquanto o fóton carrega a força eletromagnética, e os bosons W e Z carregam a força fraca. Embora enquanto isso parece som, ainda há muitas perguntas em torno da teoria.

RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS ANTIGAS Quatro pesquisadores se juntaram para propor a adição de seis novas partículas para enfrentar cinco questões duradouras dentro da Teoria do Modelo Padrão atual. Este novo modelo proposto, detalhado na APS Física , é nomeado SMASH para "Modelo Padrão Axion gangorra Higgs inflação portal." A equipe propôs que partículas Rho e axion poderia explicar a inflação e matéria escura, respectivamente, juntamente com três pesados neutrinos destros . Com essas descobertas, os pesquisadores esperam responder às seguintes perguntas sobre o Modelo Padrão: O que exatamente é matéria escura? O que causou a inflação? Por que um neutrino é tão leve? Por que há mais matéria do que antimatéria? Embora não haja garantia de que este novo modelo será aceito dentro da comunidade de física, o trabalho realizado por esta equipe é muito simples, por isso deve ser bastante simples para provar ou refutar.

Astronomia - Imagem que nos encanta - A nebulosa da hélice em raios-X

Astronomia - Imagem que nos encanta - A nebulosa da hélice em raios-X

Astrofísica - belezas do espaço


Esta é a Helix Nebula (Também conhecida como NGC 7293 ou coloquialmente como o Olho de Deus), está a cerca de 650 anos-luz da Terra e está localizada na constelação de Aquário. A nebulosa da hélice em uma nebulosa planetária e é uma das nebulosas mais próximas e mais brilhantes à terra - estima-se ser aproximadamente 11.000 anos velho. Isso representa uma etapa importante na evolução e em cerca de 5 bilhões de anos, nosso próprio Sol pode ser esperado para formar uma nebulosa muito semelhante a este. Esta imagem é um compósito de falso-cor de um exame feito por dois telescópios diferentes, GALEX (que é azul colorido) e Spitze (que é amarelo colorido); Além disso, o telescópio WISE da NASA forneceu parte do espaço de fundo. No centro da nebulosa, você pode ver um pequeno ponto branco. Este é o anão branco deixado para trás depois que a estrela ejetou sua casca exterior. Boa sorte encontrá-lo embora, eu conto cerca de uma dúzia de pequenos pontos perto do centro visível a partir deste ângulo particular.

Eventos no céu: Dia nublado decepciona quem tentou ver eclipse solar no Brasil; veja fotos

Eclipse em Maringá, no norte do Paraná, às 10h deste domingo (26) (Foto: Wilson Sinosaki/Arquivo Pessoal)

Fenômeno era esperado na maioria das capitais entre as 9h e as 12h. Em algumas regiões, nuvens deram trégua e permitiram observação


O dia nublado frustrou quem esperava observar o eclipse solar parcial no Brasil neste domingo (26). O fenômeno era esperado em algumas regiões do país entre 9h e 12h. No sul do Chile, Argentina, Angola e norte da Zâmbia, o eclipse seria anular (quando se vê toda a silhueta do Sol e apenas um anel de luz ao redor). Este foi o primeiro eclipse de 2017. O eclipse solar anular ocorre quando a Terra, a Lua e o Sol se alinham. Mesmo quando estão alinhados perfeitamente, a Lua está muito longe da Terra para bloquear completamente a visão do Sol, e por isso perto do disco negro do satélite é possível ver um anel de luz do astro.

Nas redes sociais, brasileiros que se prepararam para assistir ao eclipse fizeram piada com a situação postando fotos de nuvens. A manhã foi nublada em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia. Em Belo Horizonte, chovia por volta das 11h40, quando o eclipse deveria ser visível. Visibilidade - Apesar do tempo ruim, as nuvens deram uma trégua em algumas regiões do país, permitindo a observação do fenômeno. O estudante Higor Martinez, de 19 anos, que tem um site de divulgação sobre astronomia, conseguiu fotografar o eclipse a partir de Santo André, na região metropolitana de São Paulo. Segundo ele, havia apenas algumas nuvens esparsas no céu no momento do eclipse. O eclipse também foi observado em cidades como Curitiba e Maringá. Em Porto Alegre, apesar das nuvens, o céu não estava totalmente encoberto, o que permitiu que o fenômeno fosse visto.

veja fotos do eclipse solar aqui no brasil




Imagem de transmissão ao vivo do eclipse visto a partir do Chile neste domingo (26) (Foto: Reprodução/YouTube)
Visão do eclipse em São Paulo foi prejudicada por nuvens (Foto: Reprodução/GloboNews)

sábado, 25 de fevereiro de 2017

De olho no céu! Eclipse solar com 'anel de fogo' será visível no domingo


No Brasil, fenômeno poderá ser visto de forma parcial. Fenômeno ocorre quando a Terra, a Lua e o Sol se alinham.


Parte da América do Sul, do sul da África e alguns navegantes do Atlântico poderão desfrutar no domingo (26) de um espetacular eclipse solar anular, quando um "anel de fogo" rodeará o Sol. Um eclipse solar anular ocorre quando a Terra, a Lua e o Sol se alinham. Mas mesmo quando estão alinhados perfeitamente nesta posição, a Lua está muito longe da Terra para bloquear completamente a visão do Sol, e por isso perto do disco negro do satélite é possível ver um anel de luz do astro. Primeiramente, parecerá como se o Sol tivesse levado uma "mordida", disse Terry Moseley, da Associação Astronômica Irlandesa (IAA). Esta irá se tornando cada vez maior à medida que a Lua - invisível a partir da Terra - avança passando diante do Sol, explicou à AFP. "Quando 90% do Sol estiver tampado, será notada uma queda significativa da temperatura e da luminosidade, e uma mudança na qualidade da luz que é difícil de descrever", acrescentou Moseley. À medida que o dia escurecer, os animais podem iniciar sua rotina noturna, acreditando que o pôr-do-sol se aproxima. No auge do eclipse, a Lua estará no centro do Sol, provocando o aparecimento de um "anel perfeito, bonito, simétrico", antes de sair pelo outro lado, disse Moseley. Para os observadores, do outro lado da faixa de visão ideal será possível ver um anel mais largo de um lado que de outro, mas ainda assim "a imagem será espetacular". O resto do planeta não verá nada ou quase nada.

Ilustração da Nasa mostra as regiões que poderão observar o eclipse (Foto: Nasa)


Observação segura A Lua levará duas horas para cruzar o Sol, mas o eclipse anular durará apenas um minuto. No Brasil, o eclipse poderá ser visto a partir das 10h02 em São Paulo. No Rio de Janeiro, às 10h10. No intervalo entre as 9h e as 12h do domingo, o fenômeno ocorrerá em algum momento em todas as capitais, exceto Rio Branco, Macapá, Manaus, São Luís, Belém, Porto Velho e Boa Vista. Os astrônomos lembram que não é seguro olhar diretamente para o Sol, já que há risco de comprometer a visão. O ideal é usar um óculos especial ou buscar por eventos organizados em observatórios espaciais. O outro eclipse solar do ano será no dia 21 de agosto. Com uma duração de 2 minutos e 40 segundos, de acordo com a Nasa, ele deverá ser visto parcialmente na América do Sul - a escuridão total ficará por conta dos moradores dos Estados Unidos.


Astrofísica: Cientistas descobrem planetas com tamanhos parecidos ao da Terra em sistema a 40 anos-luz

  parecidos ao da Terra em sistema a 40 anos-luz
Ilustração: a estrela anã TRAPPIST-1 e sete planetas em sua órbita (Foto: NASA / JPL-Caltech)

Todos orbitam a uma distância que possibilita a existência de água líquida em sua superfície.


A Nasa descobriu novos planetas no sistema planetário da estrela TRAPPIST-1, localizada a 40 anos-luz do Sol. Segundo artigo publicado na revista "Nature" nesta quarta-feira (22), o sistema tem sete planetas com um tamanho próximo ao da Terra localizados em uma zona temperada, ou seja, com temperatura entre 0ºC e 100ºC. É um recorde de planetas deste tamanho e nessa zona de temperatura, afirma a agência espacial americana.

Ilustração com o conceito de como pode ser a superfície da TRAPPIST-1 (Foto: NASA / JPL-Caltech)


Em maio de 2016, o astrofísico Michaël Gillon, da Universidade de Liège, na Bélgica, com a ajuda de colaboradores, havia relatado a existência de três destes exoplanetas que transitavam ao redor da estrela anã. Essa foi a primeira pista para os autores investigarem mais a fundo o sistema. Desde a detecção desse primeiro trio de exoplanetas há quase 10 meses, os pesquisadores monitoraram a TRAPPIST-1 a partir do solo, com o Telescópio Liverpool, e do espaço, com a ajuda de equipamentos da agência espacial dos Estados Unidos. Com isso, as estimativas iniciais apontam que os seis planetas mais próximos da estrela anã têm massas que são semelhantes à da Terra, além de possivelmente terem estruturas rochosas. "Existir esse sistema com sete planetas é realmente incrível", disse Elisa Quintana, astrofísica da Nasa. "É possível imaginas quantas estrelas podem estar próximas e abrigar muitos e muitos planetas". De acordo com a Nasa, todos orbitam a uma distância que possibilita a existência de água líquida em algum ponto de sua superfície, o que abre a possibilidade para que o sistema tenha condições de abrigar vida.

Gillon e seus colegas apontam que as características e a interação do sétimo planeta com os mais próximos à estrela precisam ser esclarecidos. De qualquer forma, o grupo também disse que observações adicionais são necessárias para afirmar com mais certeza quais são as propriedades de cada um desses novos planetas.




Detalhes preliminares O sistema da TRAPPIST-1 fica na constelação de Aquário. Essa estrela é mais fria e vermelha que o Sol, de um tipo muito comum na Via Láctea. Ele contém sete planetas, que foram chamados de b, c, d, e, f, g e h. O telescópio espacial Spitzer, da Nasa, observou a TRAPPIST-1 durante 21 dias em 2016. O trânsito do planeta h, mais longe da estrela anã, só foi visto pelo Spitzer uma vez. O planeta b precisa de 1,5 dia da Terra para completar a órbita do TRAPPIST-1. Os maiores planetas, o g e o b, são cerca de 10% maiores que a Terra. Já os menores, o d e o h, são cerca de 25% menores que o nosso planeta.

Ilustração dos exoplanetas ao redor da estrela anã TRAPPIST-1 (Foto: NASA / JPL-Caltech)

Eventos celestes: Primeiro eclipse solar de 2017 acontece neste domingo

  2017 acontece neste domingo
Primeiro eclipse solar de 2017 acontece neste domingo (26) (Foto: Reprodução/ Arte/ TV Globo)

No Brasil, eclipse poderá ser visto de forma parcial. Fenômeno ocorrerá na maioria das capitais entre as 9h e as 12h.


Neste domingo (26) ocorre o primeiro eclipse solar de 2017. No Brasil, ele poderá ser visto de forma parcial e apenas em algumas regiões entre as 9h e as 12h. O fenômeno será anular (quando se vê toda a silhueta do Sol e apenas um anel de luz ao redor) na região sul do Chile, Argentina e Angola e no norte da Zâmbia. O eclipse solar anular ocorre quando a Terra, a Lua e o Sol se alinham. Mesmo quando estão alinhados perfeitamente, a Lua está muito longe da Terra para bloquear completamente a visão do Sol, e por isso perto do disco negro do satélite é possível ver um anel de luz do astro.

Ilustração da Nasa mostra as regiões que poderão observar o eclipse (Foto: Nasa)


Horário para observação 

A Lua levará duas horas para cruzar o Sol, mas o eclipse anular durará apenas um minuto. No Brasil, o eclipse poderá ser visto a partir das 10h02 em São Paulo. No Rio de Janeiro, às 10h10. No intervalo entre as 9h e as 12h do domingo, o fenômeno ocorrerá em algum momento em todas as capitais, exceto Rio Branco, Macapá, Manaus, São Luís, Belém, Porto Velho e Boa Vista. A capital em que o eclipse será bem visível é Porto Alegre, porque a cidade está em uma posição geográfica favorável e o tempo vai ajudar. Veja abaixo a previsão:

Em Porto Alegre, clima deste domingo ajudará na observação do eclipse solar (Foto: Reprodução/ Arte/ TV Globo)


Observação segura Os astrônomos lembram que não é seguro olhar diretamente para o Sol, já que há risco de comprometer a visão. O ideal é usar um óculos especial ou buscar por eventos organizados em observatórios espaciais. O outro eclipse solar do ano será no dia 21 de agosto. Com uma duração de 2 minutos e 40 segundos, de acordo com a Nasa, ele deverá ser visto parcialmente na América do Sul - a escuridão total ficará por conta dos moradores dos Estados Unidos.

Eclipse solar fotografado em Tóquio em novembro do ano passado (Foto: Kim Kyung-Hoon / Reuters)
Fonte G1

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Astrofísica: Matéria orgânica é encontrada em planeta anão Ceres

  19 de fevereiro pela sonda Dawn
Imagem do planeta anão Ceres feita em 19 de fevereiro pela sonda Dawn (NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA/VEJA)

Compostos de carbono foram desenvolvidos no próprio planeta anão e podem indicar que ele já abrigou vida no passado


A sonda Dawn, da Nasa, encontrou compostos orgânicos na superfície do planeta anão Ceres, segundo um estudo publicado na revista Science nesta quinta-feira. As análises demonstraram que os materiais tiveram origem dentro do próprio planeta anão, que fica entre Marte e Júpiter, no principal cinturão de asteroides do sistema solar. A descoberta faz com que Ceres, assim como Marte, passe a integrar a lista de planetas e satélites próximos à Terra que podem ter abrigado vida no passado.

Segundo a equipe de pesquisadores, liderada por María Cristina De Sanctis, do Instituto Nacional de Astrofísica de Roma, na Itália, se os compostos tivessem chegado ao planeta anão por meio de cometas ou asteroides, teriam sido destruídos pelo impacto. Além disso, Ceres abriga uma grande quantidade de água e possivelmente ainda retém calor de seu período de formação, o que fornece mais evidências para demonstrar que as moléculas orgânicas encontradas se desenvolveram no seu interior.

Vida em Ceres 

Descobertas anteriores já sugeriam que o planeta anão possuía condições favoráveis para abrigar vida. Outras pesquisas encontraram minerais hidratados contendo amônia, gelo, carbonatos e sais no planeta – e agora matéria orgânica. “Essa descoberta contribui para nossa compreensão das possíveis origens da água e compostos orgânicos na Terra”, afirma a cientista Julie Castillo-Rogez, que faz parte da missão Dawn, em comunicado da Nasa. Os instrumentos da nave detectaram as substâncias medindo comprimentos de onda e identificando bandas de absorção que são características da matéria orgânica alifática – moléculas contendo carbono que possuem um importante papel na formação da vida. Os materiais orgânicos encontrados estão concentrados em uma área que cobre aproximadamente 1.000 quilômetros quadrados, na cratera de Ernutet, localizada no hemisfério Norte do planeta anão.

Missão Dawn 

Lançada em 2007 pela Nasa, a sonda Dawn visitou e fotografou o asteroide Vesta entre 2011 e 2012 antes de seguir seu rumo para Ceres. A nave iniciou sua aproximação em direção ao planeta anão em dezembro de 2014 e, em janeiro do ano seguinte, começou a enviar imagens de alta qualidade para a Terra. Dawn foi o primeiro objeto a orbitar um planeta anão. Segundo os cientistas, tanto Vesta quanto Ceres estavam no caminho de se tornarem planetas, mas seu desenvolvimento foi interrompido pela gravidade de Júpiter. Por isso, eles são como “fósseis” que trazem informações sobre o nascimento do sistema solar e podem ajudar a compreender sua origem.

Astrofísica: Aliens? Ciência tem nova hipótese para luz misteriosa de estrela

O brilho da KIC 8462852 é tão misterioso que cientistas chegaram a considerar que uma 'megaestrutura alienígena' envolvia a estrela (capnhack.com/Reprodução)

Pesquisadores acreditam que a estrela KIC 8462852 pode ter engolido um planeta, provocando o brilho enigmático que intriga cientistas há anos


Desde 2015, cientistas vêm tentando desvendar o mistério de uma estrela que fica a 1.500 anos-luz da Terra (cada ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros), localizada entre as constelações de Cisne e Lira. Batizado de KIC 8462852, o astro possui um brilho com padrões tão incomuns que, mesmo com diversas explicações científicas sugeridas, os astrônomos ainda não descartaram a possibilidade de uma enorme estrutura construída por alienígenas estar bloqueando a luz que ele emite. Dessa vez, porém, a mais nova hipótese levantada pelos cientistas não inclui vida extraterrestre. Pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, sugerem que a estrela engoliu um planeta em algum momento de sua vida, e os estranhos padrões de luz que podem ser observados são causados por restos do corpo celeste ou da sua lua, que eventualmente bloqueiam parte do brilho da KIC 8462852. O estudo completo será publicado na próxima edição do Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Fenômeno misterioso 

Quando um planeta orbita uma estrela, é normal que o brilho dela diminua periodicamente cerca de 1%. Porém, no caso da KIC 8462852, essas quedas são muito maiores, podendo chegar a 22%. A desproporção em relação às estrelas “comuns” imediatamente fez com que os cientistas imaginassem que algo muito grande estivesse bloqueando a luz do astro – porém, só isso não explicaria a queda gradual na luminosidade que foi observada entre 1890 e 1989. Foi então que eles passaram a considerar a hipótese de que a estrela tenha engolido um planeta. Após um aumento repentino no brilho provocado pela colisão, o astro agora está voltando ao normal, envolvido por alguns pedaços de rocha que eventualmente bloqueiam sua luz. O estudo sugere que o choque tenha ocorrido há dez mil anos atrás, mas só agora a estrela está liberando a energia gerada pela colisão. Para testar sua teoria, a equipe de cientistas analisou estudos anteriores sobre a KIC 8462852 com teorias já conhecidas da física espacial, como o mecanismo de Kozai, usado para determinar as variações nas órbitas dos satélites planetários. Se seus cálculos estiverem corretos, os pesquisadores acreditam que esse tipo de colisão pode ser mais comum do que imaginavam a princípio. O mistério, no entanto, está longe de ser desvendado. Novas hipóteses vêm surgindo no meio científico, inclusive uma teoria proposta por um grupo de estudiosos que sugere que os padrões de luz incomuns da KIC 8462852 não são causados pela estrela em si ou rochas que a orbitam – e sim por lixo cósmico espalhado pelo caminho entre a Terra e a estrela. Apesar das hipóteses sugeridas se encaixarem nos fatos conhecidos até agora, nenhum dos estudos têm caráter conclusivo – e, até que se prove o contrário, a teoria de que não estamos sozinhos no universo continuará existindo.

Astrofísica: Hubble registra incrível (e rara) imagem da morte de uma estrela

Foto tirada pelo telescópio Hubble, que mostra jatos de gás e poeira cósmica sendo lançados a alta velocidade enquanto uma estrela se transforma em nebulosa (ESA/Hubble/Nasa)

A foto mostra a Nebulosa de Cabalash, também conhecida como Nebulosa do Ovo Podre por conter uma grande quantidade de enxofre


A Nasa e a ESA, respectivamente as agências espaciais americana e europeia, divulgaram no fim da semana passada uma incrível imagem que capta o exato momento da morte de uma estrela com massa pequena, como o Sol. A foto, tirada pelo telescópio Hubble, mostra os jatos de gás e poeira cósmica que são lançados a alta velocidade quando o corpo celeste, chamado de gigante vermelha, se transforma em uma nebulosa planetária – no caso, a Nebulosa de Calabash. Os astrônomos raramente conseguem registrar um fenômeno como esse, já que ele acontece “num piscar de olhos” em termos astronômicos, como informa a Nasa. Os cientistas dizem que transformação completa da nebulosa deve ser concluída nos próximos mil anos.

Por causa da grande quantidade de enxofre que contém, ela também é conhecida como Nebulosa do Ovo Podre – já que o elemento, quando combinado com outros, produz o mau cheiro característico do ovo estragado. “Mas, por sorte, ela fica a mais de 5.000 anos luz da Terra, na constelação de Puppis”, brinca a agência americana em nota divulgada sobre a descoberta. O material liberado durante a transformação é lançado em direções opostas a velocidades imensas, explicam os cientistas. Os jatos de gás, que aparecem em amarelo, podem chegar a um milhão de quilômetros por hora.

O futuro do Sol 

Imagens como a divulgada pelas agências espaciais podem dar uma ideia de como nossa estrela, o Sol, será no futuro. Ao longo de sua vida, estrelas como o Sol, de massa pequena ou intermediária (entre 0,5 e 10 massas solares) passam por diferentes fases de evolução, que duram bilhões de anos. Quando sua morte se aproxima, elas se transformam em gigantes vermelhas, que se tornam nebulosas planetárias e, por último, anãs brancas. O Sol é uma estrela e, portanto, também morrerá um dia. Cientistas afirmam que ele deve se tornar uma gigante vermelha em aproximadamente cinco bilhões de anos, quando o hidrogênio presente no seu núcleo se esgotar. Isso fará com que ele fique 200 vezes maior, com uma coloração avermelhada e mais frio. Os astrônomos também preveem que, nessa fase, ele provavelmente começará a “engolir” planetas do sistema solar, como a Terra.

Astrofísica: Como seria aterrissar em Plutão? Vídeo da Nasa mostra a resposta

 Vídeo da Nasa mostra a resposta
Imagem de Plutão em suas cores originais feita pela sonda New Horizons durante um vôo rasante histórico, a 450.000 quilômetros da superfície do planeta. (NASA/JHUAPL/SwRI/VEJA/VEJA)

A agência espacial americana usou cem imagens produzidas pela sonda New Horizons para imaginar como seria um pouso em Plutão


Um novo vídeo divulgado semana passada pela Nasa permite ter uma ideia de como seria se estivéssemos a bordo de uma nave espacial aterrissando em Plutão. As imagens mostram cerca de cem fotografias do planeta-anão, tiradas pela sonda New Horizons, que foi a primeira da história a conseguir se aproximar do astro, em 2015. Depois de viajar 4,8 bilhões de quilômetros até quase os limites do nosso sistema solar, a sonda chegou a uma altitude de ‘apenas’ 12.390 quilômetros em relação à superfície de Plutão para fazer fotos e recolher material da atmosfera do planeta-anão. Desde que se aproximou do astro, a missão tem enviado dados importantes para os cientistas, ajudando a descobrir mais sobre um astro que até então era pouco conhecido.

Em 2015, a Nasa já havia divulgado um vídeo com imagens feitas pela New Horizons para mostrar como seria sobrevoar Plutão dentro da sonda. Agora, a agência espacial americana reproduz como seria fazer um pouso na superfície do planeta. O novo vídeo traz imagens detalhadas do astro e sua maior lua, Caronte – algumas delas em colorido, tiradas com a câmera Ralph a bordo da sonda, que simula as cores brilhantes. Também é possível ver os limites da planície de Sputnik, uma grande bacia congelada. Confira o vídeo:

Pesquisas e descobertas: Micróbios de 50 mil anos são encontrados em cristais no México

  montanhas de Naica, no México
Cristais de gipsita em uma caverna nas montanhas de Naica, no México. Pesquisadores acreditam que a descoberta pode ajudar na busca de vida fora da Terra. (Alexander Van Driessche/Creative Commons/Reprodução)

Pesquisadores da Nasa descobriram microrganismos adormecidos em formações subterrâneas e conseguiram revivê-los em laboratório


Uma equipe de pesquisadores da Nasa conseguiu extrair e reviver micróbios que estavam escondidos dentro de gigantes cristais subterrâneos nas cavernas da montanha de Naica, no México. Os cientistas acreditam que esses organismos ficaram encapsulados nas formações de 10.000 a 50.000 anos. A descoberta foi apresentada na última sexta-feira, durante o encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), em Boston, nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, o achado é uma demonstração da capacidade que organismos vivos possuem para se adaptar e sobreviver mesmo nos ambientes mais hostis, o que pode ajudar na descoberta de formas de vida fora da Terra. “Outras pessoas já haviam afirmado ter encontrado organismos muito antigos ainda vivos, mas neste caso todas essas criaturas são excepcionais. Elas não são parentes próximas de nada que esteja nos bancos de dados genéticos conhecidos”, afirma Penelope Boston, diretora do Instituto de Astrobiologia da Nasa e membro da equipe de cientistas responsável pela descoberta.

Ambiente inóspito 

Apesar de sua beleza, as cavernas de Naica, descobertas por mineiros há um século, são um dos ambientes com as condições mais adversas para abrigar vida – e, por isso, um lugar perfeito para estudar extremófilos, organismos que sobrevivem em lugares praticamente inabitáveis. Lá, as temperaturas variam entre 40°C e 60°C e o ambiente é bastante úmido e ácido. Como não há luz, todas os organismos presentes ali realizam quimiossíntese para sobreviver, um processo no qual a oxidação dos minerais é utilizada para fabricar energia. Microrganismos vivendo nas paredes da caverna já haviam sido descobertos anteriormente – a surpresa para os cientistas foi encontrar alguns deles dentro dos cristais. A explicação para isso, segundo a equipe, está no fato de que essas formações pontiagudas de gipsita (pedras de gesso) contêm imperfeições que permitiram o acúmulo de fluidos. O que Penelope e sua equipe fizeram foi abrir alguns desses espaços e coletar amostras para analisar em laboratório. Além de encontrar bactérias e arqueas (organismos parecidos com bactérias), os pesquisadores também conseguiram reanimar esses microrganismos em laboratório. O achado foi tão surpreendente que alguns cientistas começaram a questionar se a presença dessas criaturas não teria sido resultado de uma contaminação ou se eles poderiam ter sido introduzidos acidentalmente pela equipe de pesquisadores ou por mineiros. Penelope, no entanto, garante que todos os cuidados necessários foram tomados durante a exploração. Não é a primeira vez que cientistas anunciam reviver criaturas que acreditavam estar dormentes há milhares de anos, a maioria retirada de cristais de sal ou de gelo. Embora esses resultados sejam controversos, a cientista que liderou o experimento afirma que, depois do que viu em Naica e em ambientes com condições igualmente improváveis, está inclinada a aceitá-los.

Vida fora da Terra 

Com a descoberta, a equipe de pesquisadores da Nasa pode estar um passo à frente na busca por vida em outros planetas. “O elo astrobiológico é óbvio. Qualquer sistema extremófilo que estejamos estudando nos permite ir além no conhecimento sobre a vida na Terra, e nós incluímos isso no rol de possibilidades que podemos aplicar em diferentes configurações planetárias”, explica a pesquisadora. Os cientistas acreditam que, se houver vida em outra parte do sistema solar, é provável que esteja em áreas subterrâneas e, assim como os micróbios das cavernas de Naica, sobreviva por meio da quimiossíntese.

Astrofísica: Conheça a super-Terra e outros 59 novos vizinhos do Sistema Solar

  59 novos vizinhos do Sistema Solar
Ilustração que representa uma super-Terra (Ricardo Ramirez/Hertfordshire University/Reprodução)

Astrônomos descobriram 60 planetas orbitando estrelas perto do nosso Sistema Solar – um deles, Gliese 411b, é quente e possui uma superfície rochosa


Uma equipe internacional de astrônomos encontrou 60 novos planetas que orbitam estrelas próximas ao Sistema Solar da Terra. Baseados em observações feitas durante 20 anos com o telescópio Keck-I, no Havaí, os resultados chamam atenção para Gliese 411b, uma super-Terra quente e com uma superfície rochosa que orbita a quarta estrela mais próxima do nosso Sol. Além dos nossos novos vizinhos, os cientistas também encontraram evidências de outros 54 planetas adicionais, que ficam em regiões mais distantes, totalizando 114 astros descobertos. Os achados serão publicados no periódico The Astrophysical Journal.

De acordo com os cientistas, a descoberta demonstra que quase todas as estrelas mais próximas do Sol têm planetas que as orbitam – e alguns podem ser parecidos com a Terra. “Esses novos planetas também nos ajudam a entender o processo de formação de sistemas planetários e trazem objetivos interessantes para futuros esforços de captar imagens desses planetas diretamente”, afirma em comunicado Mikko Tuomi, da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, o único astrônomo que participou do estudo em uma base europeia.

A investigação é parte do Lick-Carnegie Exoplanet Survey, um programa de buscas por novos planetas que teve início em 1996. Para fazer as descobertas, a equipe de astrônomos se baseou em 61.000 pesquisas de observação individual de 1.600 estrelas. “É fascinante pensar que, quando olhamos para estrelas mais próximas, todas parecem ter planetas em sua órbita. Isso é algo de que os astrônomos não estavam convencidos até cinco anos atrás”, diz Tuomi.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Astrofísica: Um ‘farol’ diferente no espaço

 diferente no espaço
Astrofísica: Um ‘farol’ diferente no espaço - Ilustração mostra a estrela anã branca do sistema AR Scorpii emitindo um feixe de radiação e partículas na direção de sua companheira anã vermelha, o que faz com que o conjunto tenha variações periódicas de brilho - Mark A. Garlick/Universidade de Warwick

Astrônomos descobrem primeiro pulsar alimentado pela ação de uma estrela anã branca




RIO – Descobertos por acaso nos anos 1960, os pulsares são estrelas de nêutrons – os restos superdensos de astros gigantes que explodiram em supernovas – com poderosos campos magnéticos e girando a altas velocidades, o que faz com que emitam pulsos periódicos de radiação eletromagnética (daí seu nome) em feixes direcionados, como um farol cósmico. Mas astrônomos encontraram recentemente um pulsar com uma configuração diferente, o primeiro do tipo visto no Universo até agora: um exótico sistema binário, isto é, com duas estrelas, em que a radiação emitida por uma anã branca - por sua vez os restos incandescentes de estrelas como nosso Sol - “atiça” periodicamente sua companheira, uma velha e fria estrela anã vermelha, fazendo o sistema como um todo aumentar e diminuir de brilho em intervalos de dois minutos. De acordo com os astrônomos, a anã branca deste sistema binário pulsante, designado AR Scorpii (AR Sco) e a 380 anos-luz de distância na direção da constelação de Escorpião, tem o tamanho aproximado da Terra, mas uma massa 200 mil vezes maior, produzindo um campo magnético 100 milhões de vezes mais intenso que o do nosso planeta. Já a anã vermelha tem só um terço da massa de nosso Sol, “queimando” tão lentamente seu combustível nuclear que deverá continuar a brilhar ainda por trilhões de anos. Ambas estão separadas por cerca de 1,4 milhão de quilômetros, ou pouco mais de três vezes a distância Terra-Lua, completando uma órbita em torno de seu centro de gravidade comum a cada 3,6 horas. Mas assim como as estrelas de nêutrons dos pulsares “convencionais”, a anã branca do AR Sco também gira rapidamente, fazendo com que emita ondas de partículas carregadas e radiação na direção de sua companheira. Segundo os astrônomos, estas emissões estão concentradas em um feixe muito parecido com os produzidos por aceleradores de partículas, algo também nunca visto antes no Universo, que aceleram os elétrons na atmosfera da anã vermelha para próximo da velocidade da luz, outra observação inédita em sistemas binários do tipo. - O AR Sco é como um dínamo gigante em que um ímã do tamanho da Terra, com um campo (magnético) 10 mil vezes mais forte do que qualquer um que possamos produzir em laboratório, gira a cada dois minutos e gera uma enorme corrente elétrica na sua estrela companheira, o que então produz as variações no brilho que detectamos – resume Boris Gänsicke, professor do Grupo de Astrofísica da Universidade de Warwick, no Reino Unido, e um dos autores da descoberta, relatada nesta terça-feira no periódico científico “Nature Astronomy”, ao lado de Tom Marsh, também da instituição britânica, e David Buckley, do Observatório Astronômico da África do Sul. Fonte:http://oglobo.globo.com/ 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Sabedoria Dog: A nova inteligência dos cães

  cães

Para os novos estudos de cognição canina não há raças mais inteligentes – cada cão tem um complexo perfil de inteligência, composto de diversas habilidades


Muitos ainda acreditam que cão inteligente é aquele que faz truques, repete movimentos ou obedece ao dono sem hesitar. Os novos estudos em cognição canina, no entanto, revelam que essa é apenas uma pequena parte da complexa inteligência desses animais, formada por um leque variado de sofisticadas habilidades. Memória, atenção, capacidade de tomar decisões ou solucionar problemas são algumas das características dos cachorros que têm sido investigadas em novos centros de pesquisas espalhados pela Europa e Estados Unidos. Segundo os cientistas, não há raças mais espertas que outras – cães têm perfis individuais de inteligência que, junto a uma incrível desenvoltura social, fazem com que sejam os animais de estimação mais populares do planeta. No Brasil, o número de cães superou o de crianças em 2013: são 52 milhões de cachorros contra 43 milhões de jovens até 14 anos, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com dados de 2013 e 2015. “Os estudos têm nos mostrado que os cães não apenas são capazes de ler uma inacreditável variedade de sinais humanos, como quando apontamos algo ou estabelecemos contato visual, mas também conseguem conquistar a nossa atenção quando precisam de ajuda”, afirma a psicóloga americana Angie Johnston, do Centro de Cognição Canina da Universidade de Yale, nos Estados Unidos.

Inteligência de cachorro 

Os estudos sobre a cognição e inteligência dos cães começaram a se multiplicar nas duas últimas décadas, quando centros de pesquisa sobre o tema passaram a reunir biólogos, psicólogos e antropólogos dedicados a compreender a mente desses animais. Em 1994, Stanley Coren, especialista em comportamento animal da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, publicou A inteligência dos cães, livro que classificou 110 raças de cachorros. O ranking, baseado em uma pesquisa com duzentos treinadores, considerou a inteligência dos animais com base no grau de facilidade ou dificuldade para aprender e repetir comandos (a título de curiosidade, no topo da lista apareciam o border collie, poodle e pastor alemão e, nos últimos lugares, buldogue, basenji e galgo afegão). A edição ajudou a popularizar tanto a ideia de que há raças mais espertas do que outras como o conceito de que cães são animais inteligentes porque obedecem o dono. “Quando alguém diz que seu cachorro é inteligente, provavelmente está afirmando que ele é fácil de treinar. Porém, essa é apenas uma das habilidades do cão. Os novos estudos têm revelado que, se o cachorro é obediente, ele costuma ter menos facilidade para resolver problemas por conta própria – e solucionar problemas é uma das habilidades que consideramos mais fundamentais para o conceito de inteligência”, explica a italiana Claudia Fugazza, especialista em comportamento animal da Universidade Eötvös Loránd, na Hungria. Para os cientistas, inteligência é uma noção complexa, que, em geral, costuma ser definida como um conjunto de habilidades que caracteriza um indivíduo e o ajuda a tomar as melhores decisões. Como os pesquisadores trabalham com dados mensuráveis, preferem escolher uma ou outra dessas habilidades – como memória ou atenção – para fazer seus testes e chegar a conclusões. Nos últimos anos, os cientistas conseguiram colocar cães em máquinas de ressonância magnética ou acoplar sensores que conseguem captar sinais cerebrais e comportamentais. Os resultados dessas técnicas revelaram que a variedade de características cognitivas dos animais é muito mais ampla do que se imaginava. Além de não haver evidências de que esteja relacionada à raça, a inteligência dos cães inclui habilidades altamente sofisticadas como a capacidade de aprender, resolver novos desafios, tomar decisões ou ter independência para resolver seus próprios problemas. Um panorama das mais recentes descobertas sobre o assunto foi publicado em uma edição especial da revista Current Directions in Psychological Science, em outubro. Sem surpresas, os pesquisadores perceberam que os cães que têm altas notas na maior parte das capacidades cognitivas são os que mais dão trabalho aos seus donos. Eles são inquietos, não obedecem e podem se entediar com facilidade. Um estudo de setembro de 2016, feito pelo Centro de Cognição Canina de Yale, mostrou que os cães podem ser até melhores em solucionar desafios do que crianças de três e quatro anos. De acordo com os resultados, os animais tendem a tomar a decisão mais eficiente, em vez de simplesmente imitar as ações de um adulto. Outro estudo, da Universidade Eötvös Loránd, afirma que os cães sabem distinguir palavras e entonações como nós e usam para isso as mesmas áreas cerebrais que os humanos.

Perfis caninos

A existência de tantas habilidades, segundo os pesquisadores, está relacionada ao estreito convívio entre cães e homens. Domesticados a partir dos lobos, cerca de 15.000 anos atrás (algumas evidências demonstram que a domesticação pode ser ainda mais antiga, há quase 20.000 anos), os cachorros foram sendo moldados por nós ao longo da evolução. Aqueles que exibiam características mais úteis ao convívio humano, como a capacidade de caçar, pastorear rebanhos, fazer companhia ou defender territórios, foram acolhidos por nós e passaram sua herança genética adiante. Os cães atuais são uma espécie extremamente afeita à vida doméstica. Alguns pesquisadores afirmam que nós e nossos cachorros passam pela chamada “convergência evolutiva”, ou seja, quando seres vivos desenvolvem características semelhantes. Por essa razão quando os pesquisadores decidem medir as habilidades caninas, acabam procurando características muito parecidas às humanas. “Como evoluímos juntos, o ambiente natural de cães e humanos é o mesmo, o que nos ajuda muito na hora de estudá-lo”, afirma Claudia. Além do aperfeiçoamento da tecnologia, os cientistas contam nos últimos anos com a parceria dos donos de cães para fazer os estudos – conhecer o nível de inteligência de seu cachorro e incentivá-la é um convite altamente sedutor. Segundo os especialistas, os cães ganharam um papel fundamental nas famílias nos últimos anos e muitas pessoas consideram o animal de estimação como um membro da família. Da mesma forma que os pais querem que seus filhos tenham uma boa educação e entrem em boas universidades, estão dispostos a fazer testes e investir nas habilidades cognitivas de seus cães. A indústria pet percebeu a tendência e tem patrocinado centros de pesquisas – com os dados, podem criar gadgets e brinquedos que estimulem os animais. “Famílias têm várias oportunidades de aprender mais sobre seus filhos a partir do seu desempenho escolar, recitais de ballet, jogos de vôlei, entre outros. Mas é raro que participem de atividades extracurriculares com seus cachorros”, comenta. “Trazendo-os para o nosso centro, os indivíduos têm uma oportunidade de observá-los em um ambiente centrado nos cães e aprender mais sobre eles”, afirma Angie Johnston, do Centro de Cognição Canina da Universidade de Yale. Nesse centro de estudos, os donos levam, voluntariamente, seus cães para que participem de pesquisas e levantamentos feitos pelos cientistas. Os animais podem sair de lá com um certificado de ingresso na Ivy League (reunião das oito universidades mais prestigiadas americanas) e até mesmo diplomas de graduação ou mestrado em Yale. O especialista em comportamento animal Brian Hare, da Universidade Duke, nos Estados Unidos, montou em 2012 o site Dognition, em que os donos fazem testes com seus cachorros e, pagando valores entre 19 e 79 dólares, podem receber um relatório completo sobre o perfil de inteligência de seu animal de estimação. Em cinco anos, 30.000 cães já receberam seus resultados. As informações enviadas pelos donos por meio do site, segundo os cientistas, são tão confiáveis quanto os testes feitos em laboratório, e podem ajudar os pesquisadores em seus estudos (o SensDog, uma coleira com um Apple Watch que recolhe dados sobre o cão e o envia ao celular do dono, é o mais inovador método de coleta de dados caninos à distância). Para montar o site, Hare reuniu estudos feitos nos últimos vinte anos e chegou a nove perfis, que demonstram a prevalência de certas habilidades cognitivas em relação a outras. Cães do tipo “expert” são hábeis em solucionar problemas, enquanto o “independente” não precisa dos donos para enfrentar as dificuldades caninas. Segundo o especialista, cães têm múltiplas inteligências – não há um cão mais esperto que outro, mas animais mais hábeis em algumas áreas. Confira abaixo os nove perfis de inteligência caninos, de acordo com o site Dognition:

Cães sociáveis são os mais comuns entre todos os perfis: 22% de todos os cães se encaixam nesse tipo. Os animais com esse perfil não são muito bons em resolver problemas por conta própria, mas são especialmente talentosos em usar os humanos para conseguirem o que querem – sabem lançar um olhar ou fazer alguma graça para terem o alimento ou o passeio que desejam. Irresistíveis e perspicazes, esses cães têm estratégias quase infalíveis para conquistar os humanos.

Cães sedutores são muito bons lendo e interpretando sinais humanos. Segundo estimativas dos cientistas, 16% de todos os cachorros têm esse perfil – são muito espertos e sabem usar informações que seus donos fornecem como pistas para encontrar seu próprio caminho e tomar decisões. Isso pode torná-los cooperativos ou extremamente travessos.

Muito confiantes em suas habilidades, os cachorros do tipo "atento" apresentam uma flexibilidade impressionante em todas as dimensões cognitivas. São extremamente apegados aos donos, mas também sabem resolver problemas sem precisar dos humanos. Prestam atenção aos mínimos detalhes e são capazes de aprender com facilidade -- parecem estar sempre um passo à frente dos outros.

Entre 25.000 e 15.000 anos atrás, quando os primeiros lobos foram domesticados, eles demonstravam algumas características que os distinguiam dos demais. Apesar de muito independentes, tinham habilidades sociais incríveis, apegaram-se aos humanos e deram origem aos cães que conhecemos. Os cães do tipo tradicional são espontâneos e independentes na maior parte do tempo, mas também sabem recorrer aos humanos quando necessário.

Bom em resolver problemas, comunicativos e muito astutos. Cães do tipo "talentoso" têm muita desenvoltura e sabem ler e interpretar informações sociais. Representam cerca de 10% de todos os cães e o único problema é que, às vezes, são espertos demais. Podem tentar pegar coisas que não devem e depois lançar um olhar irresistível de perdão para conquistar os donos.

Os cães tímidos costumam ser considerados "distantes" por seus donos. Muito independentes, confiam mais em suas próprias estratégias do que na colaboração humana. Por conta do seu lado próximo aos lobos, esses cachorros parecem mais selvagens e não têm habilidades sociais tão desenvolvidas. Podem ser difícil de treinar e têm dificuldades em obedecer.

Com todas as habilidades cognitivas necessárias para resolver problemas do cotidiano sozinhos, cães do tipo "expert" costumam confiar menos em humanos que os outros perfis. Com uma excelente memória, são capazes de desenvolver as suas próprias estratégias, em diversas áreas, deixando seus donos impressionados.

Com características próximas aos lobos, os cães independentes preferem fazer tudo do jeito deles. De acordo com os cientistas, 7% dos cães fazem parte desse perfil. São animais que sabem analisar o ambiente que os rodeia e encontrar, sozinhos, as melhores soluções para seus problemas.

Cachorros do tipo "Einstein" são considerados os "cientistas" do mundo canino. Com excelente memória, eles têm uma impressionante habilidade de fazer inferências e compreender relações de causa e efeito, tornando a resolução de qualquer problema uma tarefa fácil. Contudo, as habilidades sociais não são seu forte: podem passar horas entretidos com algo que aguça sua curiosidade.
Fonte: Veja/Por Leticia Fuentes

Astrofísica: Espaçonave japonesa fotografa onda gigante em Vênus

Imagem da enorme onda que cientistas japoneses fotografaram em Vênus, em dezembro de 2015
Imagem da enorme onda que cientistas japoneses fotografaram em Vênus, em dezembro de 2015 (Planet-C/Divulgação)

A onda registrada na atmosfera do planeta é uma das maiores já vistas no sistema solar, com mais de 10.000 km de extensão do polo norte ao sul de Vênus


Uma gigantesca onda de gravidade com 10.000 quilômetros de extensão foi fotografada por uma espaçonave japonesa em Vênus, segundo estudo publicado nesta segunda-feira na revista Nature Geoscience. A sonda, que foi lançada em 2015 e recebeu o nome de Akatsuki, registrou impressionantes imagens da onda de gravidade, que foi formada pelo fluxo da baixa atmosfera sobre as montanhas rochosas do planeta. Segundo os cientistas, essa é uma das maiores ondas do tipo já observadas em todo o sistema solar, com 65 quilômetros de altura – é a maior já registrada em Vênus. O fenômeno revela que a atmosfera do planeta é ainda mais complexa do que os pesquisadores acreditavam.

As ondas de gravidade são formadas de modo muito semelhante às ondulações que vemos na Terra, quando a água flui sobre as pedras e rochas em um leito de rio. São diferentes das ondas gravitacionais, que são minúsculas ondas no espaço-tempo (aquilo que os físicos descrevem metaforicamente como o tecido do universo, o ambiente dinâmico onde todos os acontecimentos transcorrem). As ondas de gravidade são ondulações na atmosfera de um planeta, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla e inglês) – na Terra o fenômeno também acontece e causa interferências no clima, além de ser responsável pela turbulência. Não é a primeira vez que os cientistas registram ondas do tipo em Vênus: em 2014, a ESA detectou várias ondas de gravidade durante a missão Venus Express.

Onda gigante 


Graças a um efeito estufa que faz com que as temperaturas atinjam 462 graus Celsius, Vênus é o planeta mais quente do sistema solar. Os cientistas da Agência Espacial Japonesa (JAXA, na sigla em inglês) acreditam que os ventos da superfície do astro produziram a enorme onda quando atingiram a Aphrodite Terra, uma cordilheira de montanhas de 4,5 quilômetros de altura localizada perto do equador de Vênus. As fotos foram tiradas em quatro dias de dezembro de 2015. “Ondas estacionárias como essa podem ter uma dimensão muito grande, talvez a maior já observada no sistema solar”, diz a publicação. Segundo os pesquisadores, a escala dessas ondas pode ser grande o suficiente para alterar o clima do planeta. Para registrar o fenômeno, a sonda Akatsuki usou raios infravermelhos e câmeras ultravioletas. Segundo The Guardian, a onda, que havia se formado nas densas nuvens de ácido sulfúrico do planeta, estava com seu centro exatamente acima das ladeiras ocidentais das montanhas. Em Vênus, as nuvens viajam a 350 quilômetros por hora – muito superior à velocidade de rotação do próprio planeta. Na verdade, o movimento do astro em torno do seu próprio eixo é tão lento que, em comparação com a Terra, dia em Vênus equivaleria a um ano terrestre.

Espaço: Saiba o que é Bennu, o ‘asteroide do fim do mundo’

Imagem ilustrativa da chegada da sonda OSIRIS-Rex ao asteroide Bennu, em 2018.
Imagem ilustrativa da chegada da sonda OSIRIS-Rex ao asteroide Bennu, em 2018. (Divulgação/Nasa)

A chance de que o corpo celeste atinja a Terra daqui a 150 anos é de 1 em 2.500 - bastante remota, portanto. Em setembro, a Nasa envia missão para estudá-lo


Ele é uma rocha de 492 metros de diâmetro e, a cada seis anos, cruza a órbita do nosso planeta. Segundo cálculos dos astrônomos, o asteroide Bennu tem 1 chance em 2.500 de colidir com a Terra no século XXII, em 2135. Ou seja, é muito remota a possibilidade de que esse seja o asteroide responsável pelo fim do mundo, como alguns o têm chamado. Mas a colisão, pouco possível, é uma das razões por que a Nasa está enviando a sonda OSIRIS-Rex, no início de setembro, até ele. É a primeira missão espacial da Nasa que irá visitar um asteroide, colher amostras e voltar para a Terra.

Descoberto pelos cientistas em 1999, Bennu nasceu de uma violenta colisão entre asteroides e testemunhou o surgimento do sistema solar, há aproximadamente 4,6 bilhões de anos. Por isso, os astrônomos acreditam que ele possa oferecer algumas respostas para questões centrais sobre a Terra (de onde viemos e para onde vamos). A missão, que parte em 8 de setembro de Cabo Canaveral, na Flórida, e deve chegar ao asteroide em 2018, voltará cinco anos depois carregada de informações sobre o corpo celeste. “As experiências vividas por Bennu vão nos dizer mais sobre as origens do nosso sistema solar e como ele evoluiu. Como detetives, vamos examinar as evidências trazidas para compreender melhor nossas origens”, afirmou Edward Bershore, da Universidade do Arizona, um dos principais pesquisadores da missão, em comunicado. Além disso, os asteroides podem conter os precursores moleculares para a origem da vida e oceanos da Terra. Algumas teorias acreditam que o choque de asteroides com o planeta pode ter contribuído para formar os primeiros seres vivos e ou a água de nosso planeta.

Asteroide do fim do mundo 


As grandes dimensões e composição do asteroide, junto com a órbita perigosa, fizeram com que ele fosse escolhido como o alvo da nova missão. Bennu é considerado um objeto próximo da Terra (NEO, na sigla em inglês). Daqui a 150 anos, a Nasa acredita que existam chances mínimas de que, ao passar entre a Terra e a Lua, o asteroide possa ter sua rota alterada graças à força exercida por ambos corpos – e, assim, ser empurrado em direção a nosso planeta. O choque teria a potência de 80.000 bombas de Hiroshima. Mas também há chances de que ele seja enviado para longe da Terra devido à interação com os planetas do sistema solar e seus satélites. A missão poderia fornecer pistas de como evitar um possível impacto. O Jet Propulsion Laboratory (JPL), da Nasa, é bastante preciso na observação e manutenção da órbita de objetos próximos da Terra – com ajuda internacional, ele consegue identificar e mapear a rota de 95% dos corpos celestes que podem colidir com o planeta. Assim, além de determinar com exatidão as propriedades físicas e químicas do asteroide, a missão OSIRIS-Rex também ajudará os cientistas a desenvolverem estratégias para evitar um possível impacto do asteroide com o nosso planeta no futuro.

Perigos do céu: Como um projétil pode impedir a colisão de asteroides com a Terra

Apesar de raros, objetos potencialmente perigosos ainda são uma ameaça ao planeta e preocupam astrônomos (iStock/Como um projétil pode impedir a colisão de asteroides com a Terra)

Estudando o meteorito que atingiu Chelyabinsk, na Rússia, cientistas afirmam que é possível desenvolver estratégias para impedir o impacto de asteroides


Fazer uso de um projétil para desviar a órbita de um asteroide e evitar a colisão com a Terra seria uma estratégia possível, segundo um estudo do Instituto de Estudos do Espaço da Catalunha (IEEC-CSIC, na sigla em espanhol). A pesquisa, publicada na edição de janeiro do periódico científico The Astrophysical Journal, foi feita com base no meteorito Chelyabinsk, que explodiu em 2013 sobre céu russo após atravessar a atmosfera. A análise demonstra que, de acordo com a composição, densidade e estrutura interna da rocha, é possível que uma missão, desenvolvida com antecedência, consiga impedir o impacto.


O estudo não é o primeiro a investigar maneiras de evitar um possível confronto entre um objeto próximo à Terra (NEO, sigla em inglês) de grandes dimensões e o nosso planeta. No início do ano, o governo americano também divulgou um plano para lidar com esse tipo de ameaça.

De acordo com os cientistas, a probabilidade de uma rocha com quilômetros de diâmetro ter consequências devastadoras após se chocar com a Terra é estatisticamente pequena, já que é mais frequente que objetos de poucas dezenas de metros (como o de Chelyabink), que são descobertos continuamente, alcancem a atmosfera terrestre. As chances, entretanto, ainda existem – e astrônomos afirmam que, se não for identificado a tempo, o impacto não poderá ser evitado.

Como impedir a colisão 
Quando explodiu sobre a Rússia, o meteorito de aproximadamente 18 metros de diâmetro se fragmentou em milhares de pedaços que caíram na superfície do planeta. O rompimento do objeto na atmosfera mostrou que a Terra atua como um eficiente escudo — por causa do atrito com a atmosfera, o corpo celeste se desintegrou e apenas 4.000 quilos de suas 13.000 toneladas atingiram a superfície. O maior pedaço, de 570 quilos, foi encontrado no lago Chebarkul. Apesar de ser um meteorito pequeno, o choque que ocorreu quando entrou na atmosfera, a uma velocidade de 19 quilômetros por segundo, deixou centenas de feridos e grandes danos materiais. Em laboratório, a equipe dirigida pelo pesquisador Jordi Sort, da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB), realizou medições das propriedades mecânicas do meteorito que, segundo os cientistas, tem características semelhantes a alguns tipos de asteroides. A análise obteve de maneira rigorosa e sistemática as propriedades dos materiais que formam esse corpo celeste, em particular, a dureza, a elasticidade e a resistência à fratura. Essas informações são determinantes para que o impacto de um projétil consiga desviar a órbita desse objetos. Segundo os resultados, a composição, a estrutura interna, a densidade e outras propriedades físicas são fundamentais para o êxito de uma missão na qual seria lançado um projétil cinético – tipo de projétil que não possui carga explosiva – para desviar a órbita de um asteroide perigoso.

Asteroides, meteoritos e meteoros 

Asteroides são corpos celestes menores que planetas que vagam pelo sistema solar desde sua formação, há 4,6 bilhões de anos. Meteoritos, por sua vez, são pedaços de asteroides que eventualmente atingem a superfície da Terra. Já os meteoros são as rochas que atravessam a superfície da Terra e deixam rastros luminosos no céu, resultado do atrito com o ar – são popularmente reconhecidos como estrelas cadentes. O objeto que explodiu sobre o céu de Chelyabinsk é um meteorito de uma classe conhecida como condrito ordinário. Os pesquisadores o escolheram porque esse tipo de rocha é mais consistente e pode ser considerado representativo dos materiais formativos da maioria dos objetos potencialmente perigosos para a Terra. (Com EFE)
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